Tuesday, November 25, 2008

Veja as medidas já anunciadas no Brasil para combater os efeitos da crise

17/11/2008 - 12h31
Veja as medidas já anunciadas no Brasil para combater os efeitos da crise
da Folha Online
Apesar de negar que haja um pacote brasileiro de combate aos efeitos da crise internacional de crédito no país, o governo já anunciou uma série de medidas nas últimas semanas para evitar uma piora no sistema financeiro.
Veja as principais medidas:
19 de setembro
Quatro dias após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, o crédito internacional seca e o dólar dispara no Brasil. O Banco Central anuncia um leilão de US$ 500 milhões com compromisso de recompra da moeda após 30 dias. Nessa operação o BC "empresta" os dólares às instituições financeiras durante esse período. Os recursos servem para que os bancos possam financiar as exportações brasileiras.
*
24 de setembro
A crise internacional de confiança nos bancos e a falta de crédito externo afetam os bancos pequenos e médios no Brasil. O BC anuncia então mudanças no recolhimento de depósitos compulsórios, que beneficia bancos menores e instituições que trabalham com leasing. Com isso, o BC garante a injeção de R$ 13 bilhões no mercado.
*
1º de outubro
O Banco do Brasil antecipa R$ 5 bilhões em crédito para o setor agrícola para suprir a falta de recursos causada pela crise financeira.
*
2 de outubro
O BC anuncia a redução do compulsório para os bancos grandes que comprarem parte das carteiras de crédito dos bancos pequenos. A avaliação do governo é que os grandes bancos estão preferindo segurar os recursos a emprestar para essas instituições. A estimativa do BC é que a mudança injete R$ 23,5 bilhões na economia, além de ajudar as instituições menores.
*
6 de outubro
Governo anuncia a criação de uma linha internacional de crédito para ajudar os exportadores, com o dinheiro das reservas internacionais do BC. O governo também reforça a linha de financiamento para exportações pré-embarque do BNDES, com mais R$ 5 bilhões.
No final do dia, o presidente Lula edita uma medida provisória que dá mais poderes ao BC para atuar durante a crise. Entre elas, está a autorização para o BC comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades no Brasil.
*
8 de outubro
O dólar chega a R$ 2,48 pela manhã e obriga o BC a queimar parte das reservas internacionais para acalmar o mercado. Pela primeira vez, desde o dia 13 de fevereiro de 2003, o BC realiza um leilão em que vende parte dos US$ 208 bilhões que tem em caixa.
Nos leilões anteriores, o BC vendia a moeda com um compromisso de recompra. Na prática, isso funcionava como um empréstimo e não afetava as reservas. Foram realizados três leilões. Os valores não foram divulgados.
No fim do dia, o BC anuncia mais duas mudanças nas regras do recolhimento sobre depósitos compulsórios e coloca mais R$ 23,2 bilhões na economia.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convoca uma reunião do G20 financeiro, presidido atualmente pelo Brasil,na sede do FMI (Fundo Monetário Internacional), nos Estados Unidos.
*
9 de outubro
CMN (Conselho Monetário Nacional) regulamenta as regras para que o BC possa socorrer os bancos que precisem de crédito em dólares ou reais. A regulamentação dá ao BC poderes para interferir na administração dos bancos que venderem suas carteiras de crédito à instituição em busca de recursos.
No fim do dia, o presidente Lula se reúne com o ministro da Fazenda e o presidente do BC, que embarcam para os EUA com a missão de defender uma regulamentação mais rígida dos mercados financeiros no encontro do FMI.
*
13 de outubro
O BC informa mais mudanças no compulsório, que significam a liberação na economia de R$ 47,1 bilhões dos R$ 100 bilhões que foram prometidos pela manhã.
No compulsório sobre exigibilidade adicional (que inclui depósitos a vista, prazo e poupança), o limite de dedução aumentou de R$ 300 milhões para R$ 1 bilhão. O limite de dedução do compulsório sobre depósitos a prazo passou de R$ 700 milhões para R$ 2 bilhões, com impacto de R$ 13,1 bilhões a partir de 17 de outubro.
Os bancos também terão direito a fazer um abatimento em relação ao compulsório recolhido sobre operações de leasing. Em relação ao desconto no compulsório sobre depósitos a prazo para quem comprar carteiras de crédito de outros bancos, muda o patrimônio de referência do banco vendedor, que sobe de R$ 2,5 bilhões para R$ 7 bilhões. O percentual de desconto para quem comprou sobe de 40% para 70%.
Segundo o BC, além de vender a carteira de crédito, os bancos menores poderão vender também outros ativos, principalmente aqueles ligados a fundos de investimentos desses bancos.
*
16 de outubro
O Banco Central anunciou mais uma mudança nas regras dos depósitos compulsórios. Agora, o BC ampliou as possibilidades para que esses bancos possam elevar o dinheiro que têm em caixa com a venda de ativos para bancos maiores.
Além de vender a sua carteira de crédito e títulos dos seus fundos de investimentos, os bancos menores poderão vender outros ativos: 1) títulos e valores mobiliários de renda fixa, adiantamentos e outros créditos de pessoas físicas e jurídicas não-financeiras; 2) depósito interfinanceiro com garantia de ativos elencados no item 1 ou de operações de crédito.
Além disso, o CMN autorizou o Banco Central a determinar que, nas operações de empréstimos em moeda estrangeira, os recursos sejam direcionados para operações de comércio exterior. O BC também fica autorizado a receber debêntures emitidas por empresas não financeiras nas operações de redesconto.
*
22 de outubro
O presidente Lula assinou MP (medida provisória) que autoriza os bancos públicos brasileiros, a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a adquirirem participações em instituições financeiras no pais sem passar por um processo de licitação. A MP é ampla (leia íntegra), composta de sete artigos, e inclui todo tipo de instituição financeira: seguradoras, instituições previdenciárias, empresas de capitalização, etc.
À noite, Lula assinou outro decreto que zera a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para a aplicação no mercado de capitais e operação de empréstimos e financiamentos externos. Com a decisão, o capital que entra no país tem maior rentabilidade, ou seja, trazer dólares para o Brasil fica mais atraente ao investidor.
*
27 de outubro
O Banco Central anuncia mais uma mudança nas regras dos depósitos compulsórios recolhidos pelos bancos brasileiros. A medida pode injetar mais R$ 6 bilhões na economia.
Com a mudança, os bancos que anteciparem suas contribuições ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito) no valor de 60 meses terão um desconto no recolhimento do compulsório sobre depósitos à vista. O valor mensal do desconto será o equivalente à contribuição de um mês ao FGC. Os bancos usarão como base o valor recolhido em 1º de outubro, referente ao mês de agosto deste ano.
Hoje, os bancos são obrigados a recolher 42% dos depósitos à vista (dinheiro da conta corrente) feitos pelos seus clientes e depositar o dinheiro em espécie no BC. Esse dinheiro fica parado, sem remuneração, e equivale hoje a cerca de 20% de todo o compulsório recolhido pelo BC.
*
29 de outubro
O Banco Central do Brasil e o Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) anunciaram o estabelecimento de uma linha de "swap" (troca) de dólares americanos por reais no valor de US$ 30 bilhões.
Segundo o BC, essa linha será utilizada para incrementar os fundos disponíveis para as operações em dólares feitas pelo BC no Brasil. Isso inclui os leilões de dólares realizados por aqui. A linha é válida até 30 de abril de 2009.
Já a Caixa Econômica Federal confirmou hoje que irá disponibilizar uma linha de crédito de capital de giro de R$ 3 bilhões para empresas de construção civil. Além disso, o governo vai permitir outros bancos direcionem mais recursos da poupança para essas empresas. O governo vai criar um fundo com base nos dividendos que seriam pagos pela Caixa à União até 2010. O fundo terá de R$ 1,050 bilhão, ou seja, vai garantir 35% das operações.
*
30 de outubro
BC anuncia regra para forçar os bancos a liberar o crédito obtido com o alívio no compulsório. Hoje, o dinheiro do compulsório sobre depósitos a prazo é recolhido na forma de títulos públicos. Ou seja, o banco recebe uma remuneração igual a do título. Agora, os bancos irão recolher apenas 30% em títulos. Os outros 70% serão recolhidos em espécie, ou seja, vão ficar parados no BC sem remuneração. Para não sofrer essa "punição", os grandes bancos terão de comprar carteiras de crédito e outros papéis de bancos menores que estejam com problemas de liquidez (falta de dinheiro).
*
4 de novembro
Banco Central altera regras para os leilões de empréstimos de dólares destinados a financiar o comércio exterior. Até agora, o BC só havia realizado em leilão desse tipo, no valor de US$ 1,6 bilhão. Pela nova regra, os bancos poderão participar desses leilões de dólares sem apresentar garantias em títulos, como era exigido até hoje. Será feita apenas uma operação de empréstimo de dólares das reservas internacionais por 30 dias. Nessas operações, ao invés de títulos, os bancos dão como garantia o valor dos dólares em reais.
*
5 de novembro
O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) anuncia criação de uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para financiamento dos produtores rurais. O dinheiro será usado para financiar as CPRs (Cédulas do Produtor Rural). A operação da linha será feita pelo Banco do Brasil.
*
6 de novembro
O ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou, durante reunião do chamado Conselhão (o CDES, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), uma série de novas medidas que, juntas, disponibilizam R$ 19 bilhões em linhas de crédito para diversos setores via BNDES (banco estatal de investimento) e Banco do Brasil.
O anúncio com valor mais alto refere-se ao BNDES, que terá mais R$ 10 bilhões para financiar o capital de giro de empresas e para empréstimos em linhas de exportação pré-embarque --ou seja, os valores serão usados para permitir as vendas externas.
Outros R$ 5 bilhões, provenientes do BB (Banco do Brasil), serão usados para abrir uma linha de crédito para capital de giro de pequenas e médias empresas.
Como já era esperado, Mantega confirmou R$ 4 bilhões, também do BB, para ajudar os bancos de montadoras a elevar o crédito aos consumidores.
*
11 de novembro
O governo de São Paulo lançou uma linha de crédito de R$ 4 bilhões, por intermédio do banco Nossa Caixa, para os bancos e financeiras ligadas às montadoras de veículos em todo o país, que sofrem com a escassez de crédito.
À tarde, a Caixa Econômica Federal divulgou a ampliação do limite de financiamento para compra de material de construção de R$ 7.000 para R$ 25 mil.
À noite, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, anunciou conjunto de medidas de alívio tributário e de aumento do crédito para o setor produtivo para ajudar as pequenas e médias empresas.
*
12 de novembro
A Caixa Econômica Federal libera R$ 2 bilhões para financiar bens de consumo diretamente no varejo e estimular a economia brasileira. Segundo informou a instituição nesta quarta-feira, a medida abrange a compra de eletrodomésticos, eletrônico, móveis, TV e vídeo, além de material de construção.
*
13 de novembro
BC anuncia nova mudança no compulsório, alterando a forma de recolhimento de cerca de R$ 40 bilhões, o que representa quase 20% de todo o depósito compulsório depositado hoje pelos bancos. O compulsório adicional sobre depósitos à vista, a prazo e poupança (chamado pelo BC de "exigibilidade adicional"), que hoje é recolhido em espécie, passará a ser recolhido em títulos públicos a partir de 1º de dezembro.
*
16 de novembro
O governo publica medida provisória que altera as datas de pagamento de tributos federais como o IR (Imposto de Renda) recolhido na fonte, a contribuição previdenciária, do PIS/Cofins e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
O pagamento do IR e da contribuição para a Previdência passam a ser pagos não mais no dia 10, mas no dia 20 do mês seguinte ao fato gerador. O pagamento do IPI será adiado do dia 15 para o dia 25 de cada mês. O PIS/Cofins terá uma ampliação menor de prazo, do dia 20 para 25.
(posted by Katya Hochleitner)

Confiança do consumidor em novembro atinge menor nível desde 2005, diz FGV

25/11/2008 - 08h45
Confiança do consumidor em novembro atinge menor nível desde 2005, diz FGV

da Folha Online
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) da FGV (Fundação Getulio Vargas) teve queda de 4,2% em novembro, ao passar de 101,1 para 96,9 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. Em relação a novembro de 2007, o índice teve queda de 15,2%. Os dados constam da pesquisa Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada nesta terça-feira.
O ISA (Índice da Situação Atual) caiu 5,7%, para 98,1 pontos, e o IE (Índice de Expectativas) caiu 3,3%, para 96,2 pontos, na comparação com outubro. Na comparação com novembro de 2007, as quedas nos índices foram de 11,9% e 17%, respectivamente.
"Em novembro, a queda do índice foi influenciada principalmente pela pior avaliação do consumidor a respeito da situação financeira familiar e pelo menor ímpeto para compras de bens duráveis nos próximos meses", diz o comunicado da FGV.
A parcela dos que avaliam a situação financeira da família como boa caiu de 20,6% para 17% entre outubro e novembro, enquanto a proporção dos que a avaliam como ruim aumentou de 13,9% para 16,1% do total, segundo a pesquisa. Em relação às compras de bens duráveis, a parcela dos que pretendem gastar mais nos próximos seis meses diminuiu de 17,5% para 14,4%. Já a dos que planejam gastar menos aumentou de 32,9% para 35,6%.
A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada com base numa amostra de mais de 2.000 domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de novembro foi realizada entre os dias 31 de outubro e 19 deste mês.

(posted by Katya Hochleitner)

Monday, November 24, 2008

Best Buy, Other Retailers Having Nightmares of a Blue Christmas

Best Buy, Other Retailers Having Nightmares of a Blue Christmas
Marketers Revise Budgets, Emphasize Value Amid Low Profits, Confidence
Published: November 17, 2008
NEW YORK (AdAge.com) -- Alarm bells, not sleigh bells, are sounding at retailers across the country.As Thanksgiving approaches, what has long looked to be simply a dismal holiday is morphing into something far worse: a bloodbath that could sink full-year earnings and have repercussions well into 2009. Last week alone, Circuit City filed for bankruptcy; Best Buy warned of dire holiday sales; and Macy's, Kohl's, JCPenney and Nordstrom posted sharply lower third-quarter profits. On Nov. 14, Reuters/University of Michigan Surveys of Consumers showed consumer confidence at historically low levels.
Best Buy Senior VP-Marketing Greg Johnson All of this has left retailers to recalibrate ad spending and emphasize value -- but each is trying a different approach. Best Buy is spending less and pushing a message of reliability, while Kohl's is pouring on the holiday dollars to pitch pricing. Macy's has moved some of its allocation from the third quarter to the all-important fourth and is using a mix of image ads and promotional sells. Sears is bringing back layaway, while sibling retailer Kmart is advertising layaway for the first time in years. JCPenney is holding spending steady behind a "Style. Quality. Price matter" campaign. Best Buy Senior VP-Marketing Greg Johnson said the retailer has been forced to "dial back" spending in light of the economic meltdown. Last year it spent $136 million during the fourth quarter. "We had to right-size our marketing plan," he said. "We have maintained the heart of the plan. But some of the things ... we do each year that are a little more speculative and harder to measure, those are the things that we dialed back on." Mr. Johnson cited sponsorships on destination websites as an example. "Being present in a lot of places was important historically," he said. "But the reality was we weren't communicating something that would drive our business. ... That investment, which is relatively significant, is something that we couldn't afford in this environment." Best Buy's creative agency is Omnicom Group's BBDO, New York; digital is handled by Razorfish, Seattle and Portland, Ore. Shelling outSome retailers have managed to pump up their marketing budgets for the fourth quarter, recognizing that it will be a rough-and-tumble fight for consumer dollars. Kohl's plans to spend more this year than last, when its fourth-quarter measured media spending tallied $158 million. Macy's moved marketing dollars from the third quarter to the fourth in an effort to drive traffic around the holidays. In last year's fourth quarter, Macy's spent $341 million on measured media, according to TNS Media Intelligence. With those fourth-quarter budgets, which represent the largest chunk of any retailer's annual outlay, marketing executives are embracing a variety of approaches. Best Buy's campaign will put the emphasis on trust, a message that has gained new relevance in light of Circuit City's bankruptcy. New TV spots feature employees sharing true stories about helping consumers pick out holiday gifts. Localized web pages for individual stores also have been created. Previous holiday campaigns have focused simply on making Best Buy a gifting destination, Mr. Johnson said. "Part of being trusted is you actually have to be a part of the community," he said. Macy's is also seeking to endear itself to local communities with the "Believe" campaign, which revolves around the 1897 New York Sun editorial that declared "Yes, Virginia, there is a Santa Claus." For each letter to Santa mailed at a Macy's, the retailer will donate $1 (up to $1 million) to the Make-a-Wish Foundation. Part of getting that message out locally is a massive newspaper campaign orchestrated with the Newspaper Association of America, said Martine Reardon, Macy's exec VP-marketing. Full-page reprints of the "Yes, Virginia" letter and ads will be carried in more than 300 papers. The campaign also pumps up the retailer's branding message at a time when competitors are shelving branding in favor of promotion. "Believe" plays up Macy's Christmas credentials -- the annual Thanksgiving Day Parade and the first in-store Santa -- and delivers a reprieve to weary shoppers, Ms. Reardon said. Price points"At some point people are going to get tired of talking about the malaise of the economy and only wanting to focus on price. They want to know that you've got some other substance," she said. Its creative agency is WPP Group's JWT, New York. Kohl's Chief Marketing Officer Julie Gardner said it's not possible for the retailer to be too value-oriented this season. Its message, "Gifts that fit your budget beautifully," will be pushed out across a variety of media. Its agency is Interpublic Group of Cos.' McCann Erickson, New York. JCPenney, meanwhile, is being careful to present actual price points rather than percentage-off messaging. Its tagline, "Style. Quality. Price matter. Every day matters," will be featured in promotional advertising. Total spending for the holiday season will be flat, said Chief Marketing Officer Mike Boylson. JCPenney spent $169 million in the fourth quarter last year. "This year we're making sure that we're razor-sharp about messaging and pricing," Mr. Boylson said. JCPenney's agency is Publicis Groupe's Saatchi & Saatchi, New York.

(posted by Katya Hochleitner)

Monday, November 10, 2008

Bom senso e caldo de galinha não fazem mal a ninguém

Bom senso e caldo de galinha não fazem mal a ninguém
Autor: Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD
Data: 10/11/2008
Toda a discussão que se tem travado sobre os impactos do quadro econômico-financeiro global no mercado brasileiro tem sido feita com uma mescla de realismo e paixão, não necessariamente na mesma proporção, que compromete sua isenção, quando não contribui para agravar o que é inevitável.Pelo constante monitoramento que a nossa atividade profissional exige, pode-se notar uma elevada dose de preocupação, muitas vezes mesclada com desinformação, que acaba suscitando movimentos defensivos extremados, cuja maior virtude é precipitar conseqüências que de outra forma poderiam ser evitadas.No popular, definitivamente não valem as expressões “muita calma nesta hora” ou “senta que o leão é manso”, já que, em nenhuma hipótese, pode-se admitir um comportamento que possa ser confundido com inanição ou isolamento.O mundo funciona de acordo com a lei dos vasos comunicantes e os reflexos, em maior ou menor escala e profundidade, se farão sentir. Mas a desinformação pode ser fatal.A primeira e importante constatação é que até o momento, ou seja, início de novembro de 2008, como se previa, não se notaram quedas significativas nas vendas no varejo brasileiro de forma generalizada.Aspecto fundamental é entendermos que, neste conceito mais amplo, falamos do país como um todo, sendo porém claro que em determinadas regiões e segmentos existem comportamentos mais cautelosos, em especial no que envolve os segmentos de classe mais alta, os mercados mais afluentes e as regiões com forte ênfase no setor financeiro, em especial áreas específicas nas grandes capitais.Esse comportamento estável do consumo no país é verdadeiro para os setores de alimentação, vestuário, calçados, móveis e eletrodomésticos, artigos para o lar, material de construção e decoração. Por ações isoladas de alguns varejistas, por necessidade ou cautela, alterando suas políticas de crédito ou financiamento das vendas, quando outros o fazem de forma menos agressiva, existem reduções no comportamento das vendas, mas de forma pontual.O setor no qual o impacto teria sido maior, considerando as estatísticas produzidas pelas próprias entidades, é o automobilístico, que, por significar em toda sua cadeia pouco mais de 20% do PIB, e com competente capacidade de se fazer ouvido, ecoa e amplifica suas dificuldades. Esse segmento vinha com patamares de expansão de vendas, segundo os dados do IBGE, próximos a 30% e o baque na mudança de comportamento é de fato significativo, pois 70% das vendas eram financiadas em prazos que chegaram a assustar pela ousadia.Um setor que pretendia vender um recorde histórico de 3,4 milhões de veículos em 2008 não deverá alcançar o que previa e nesse momento informa um estoque acumulado de 300 mil unidades, um pouco menos de 10% da provável venda total do ano.É importante reconhecer a importância dos 121 mil funcionários das montadoras e seu papel na balança comercial, graças às suas exportações, que serão mais fortemente afetadas pela retração externa, mas sua inegável capacidade mobilizadora já conseguiu R$ 4 bilhões de empréstimos via Banco do Brasil.É fundamental, porém, lembrar que a soma dos empregos diretos de apenas dois varejistas, Grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia, é equivalente a todo o emprego da indústria automobilística. E nem por isso abriram-se discussões para encontrar caminhos que mantenham os empregos, aspecto crítico na manutenção do consumo interno, em todos os segmentos do varejo.Existe um claro sentimento de que o consumo e as vendas deverão ser impactados de forma geral a partir do começo do próximo ano, mais diretamente nos setores mais dependentes do crédito, nos quais a conjugação de condições mais cautelosas no prazo, na concessão e nas taxas praticadas deverá ser ampliada pela redução do índice de confiança do consumidor, que, até o momento, mostrou essa tendência apenas junto aos segmentos de maior poder aquisitivo. À medida que ações de cautela, retração, ajustes e outras formas de prevenção, adequadas ou exageradas, sejam adotadas, haverá um comportamento mais refratário do consumidor nas compras, em especial as que envolvem prazos mais longos e bens de maior valor.É por conta do correto ajuste das medidas de adequação ao novo quadro que se poderá precipitar, ampliar, reduzir ou minimizar o impacto no consumo e nas vendas no mercado interno, onde se pode de alguma maneira interferir, uma vez que o cenário externo é totalmente fora de controle.Daí decorre a relevância do bom senso, do equilíbrio, da informação correta e crível, das análises isentas e das projeções bem embasadas para não reverberar o comportamento mais pessimista, quase paranóico, de alguns empresários e executivos.Com a preocupação de não parecerem mal informados, tendem a amplificar o que é pior, comportamento também compartilhado por alguns veículos de comunicação, dando um tiro no próprio pé, criando a profecia auto-realizável.Não é simples, neste momento, nadar contra a maré, contra a voz comum dos profetas do apocalipse. Mas é essencial que assim seja.Na prática, o mercado interno ainda está sob controle, mas deverá ter alguma redução nos seus níveis de crescimento à frente. O mercado externo terá tempos muito difíceis por conta da grande retração em economias mais maduras, com óbvias conseqüências na massa salarial interna.Mas é preciso muito bom senso para não potencializar o problema, transformando-o num drama sem solução. E é preciso um pensar maior e mais responsável sobre o que se fala, escreve, ecoa e repercute.Não é hora de brincar com o pessimismo.

(posted by Katya Hochleitner)

Consumidor brasileiro continua otimista

Consumidor brasileiro continua otimista
Apesar da crise financeira internacional, a confiança do consumidor brasileiro ficou estável em 140 pontos em outubro, de acordo com o Índice Nacional de Confiança (INC) calculado pela ACSP/Ipsos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um crescimento de 13 pontos no indicador. O levantamento também sondou o que os consumidores pretendem fazer com seu 13o salário: 37% dos entrevistados vão usá-lo para fazer compras, 34% pretendem pagar dívidas e 12% irão reformar a casa.

(posted by Katya Hochleitner)