Friday, October 31, 2008

Repensar Marketing e Estratégia

Repensar Marketing e Estratégia
O Brasil não está em crise
Autor: Alberto Serrentino, sócio-sênior e diretor da GS&MD
Data: 31/10/2008
O atual momento vem afligindo as empresas, envolvidas na tentativa de decifrar a crise financeira internacional e seus possíveis reflexos na economia brasileira. É importante, porém, que se afirme: o Brasil não está em crise!A situação certamente inspira cautela e não pode ser subestimada. O país não está isolado do mundo e sofrerá conseqüências, mas não caminha para crise. As projeções que vêm sendo feitas nas últimas duas semanas carregam elevado grau de incerteza e alta probabilidade de erro. Não há elementos suficientes para se projetar crescimento econômico negativo para a economia brasileira. Deverá haver desaceleração no ritmo de crescimento da economia, do consumo e, conseqüentemente, do varejo, mas não é motivo para pânico.Em 2005 o PIB cresceu 3,2% e o varejo 4,8%; em 2006 o PIB cresceu 3,6% e o varejo, 6,2%. em 2007 o varejo cresceu 9,7% e deve fechar 2008 com 8% de crescimento real. Ainda que não se mantenham os níveis de crescimento atual, não significa que não haverá mercado em expansão e oportunidades para empresas sólidas e bem posicionadas. Além do mais, nenhum outro país no mundo tem a capacidade de empresas e gestores brasileiros em lidar com mudanças bruscas de ambiente, adaptar-se e encontrar alternativas para lidar com adversidades.
Reflexos para o varejo – o desempenho do varejo depende de crescimento econômico, evolução de emprego, renda, massa salarial, crédito e confiança. O crescimento econômico deverá ser menor em 2009 do que foi nos últimos dois anos, mas não há motivos para crer que não será positivo. O crédito deverá estar mais limitado e caro (por encurtamento de prazos e eventuais aumentos de taxas). Em se mantendo os níveis de emprego, renda e massa salarial, o varejo deverá continuar crescendo e poderá crescer acima do PIB.O impacto será diferente entre categorias e setores. Os bens duráveis deverão receber o maior impacto, pela forte dependência do crédito. Particularmente, produtos de linha marrom e informática devem ser mais impactados em função da desvalorização cambial. Porém, essas categorias foram as de melhor desempenho nos últimos anos e mesmo que cresçam em ritmo menor, estarão em patamares elevados.Os bens não-duráveis, como alimentos, cuidados pessoais e limpeza, podem manter desempenho positivo. Finalmente, os semiduráveis, como vestuário e calçados, podem até se beneficiar do cenário, caso as condições de renda e emprego se mantenham favoráveis e o crédito iniba a compra de duráveis.As empresas de varejo provavelmente estarão mais cautelosas em seus planos de expansão, mais criteriosas nos investimentos e mais conservadoras na gestão de crédito e de caixa. Mas é bom lembrar que momentos difíceis também geram oportunidades. No mercado norte-americano, a despeito da turbulência, o presidente do Wal-Mart declarou que esta é a hora da empresa. As vendas estão crescendo, haverá abertura de 191 lojas em 2009 e espera-se ganho de participação de mercado. No Brasil a empresa manterá seus planos de expansão e investimentos previstos para 2009.Quando houve o advento da crise energética no Brasil em 2001 (o “apagão”), previu-se uma forte retração no consumo. Alguns varejistas especializados em eletroeletrônicos, que foram afetados pela situação, redirecionaram esforços para venda de móveis e de produtos com menor consumo energético. Assim, redes como Casas Bahia, Magazine Luiza e Insinuante cresceram durante a adversidade.Consumidores redefinem constantemente as escalas de valores em seus processos decisórios, em função da oferta, conjuntura ou inovações. Na atual conjuntura, tornar-se-ão mais racionais, rigorosos e exigentes, valorizando propostas de valor consistentes e marcas que entregam o que cumprem. Este é o momento de buscar ganhos de eficiência operacional, sem perder de vista a capacidade de diferenciação e atração de um consumidor que estará mais seletivo e ponderado. Esta é a hora das empresas de valor sobressaírem-se e fortalecerem-se no mercado.

(posted by Katya Hochleitner)

Latin America: The Case for Caution

M O R G A N S T A N L E Y R E S E A R C H
October 20, 2008
Economics

Weekly Spotlight
Latin America: The Case for Caution by Gray Newman
As the downturn goes global, Latin America has quickly
lost its “safe haven” status. Indeed, during the past month,
the turmoil in the region has moved beyond falling stock
markets to broader financial markets. Derivative deals gone
bad have already hit some of the largest publicly traded
companies in Brazil and Mexico. Meanwhile commercial paper
markets have begun to freeze, trading lines have been reduced,
and a bout of violent currency moves have forced authorities
from Chile and Brazil to Colombia and Mexico to rethink their
exchange rate policies. In the case of Mexico, the rethinking
required the authorities to spend more than 13% of
international reserves in less than two weeks in an attempt to
stabilize the peso. As of October 17, the Mexican peso still
traded near 12.8 per dollar.
Amidst all of the turmoil, caution seems to be the
watchword for Latin watchers. Yet I keep wondering if now
is the time to turn more optimistic and to instead highlight not
only the structural case for Latin America, but also the fact that
the region appears to be in better shape to deal with the current
global downturn than at any time in the past half century.
After all, the time to turn cautious on Latin America was
late last year or early this year when five years of
above-trend global growth had produced one of the best
growth records for Latin America (and emerging economies) in
decades and had, in turn, swollen the ranks of the emerging
market fans.
By late last year, it seemed like everything was in place for
disappointment. On the one hand, our US economics team
was warning of an important downturn in US consumption, and
on the other hand, the advocates for emerging markets and
Latin America had begun to argue a new “safe haven” had
been discovered which would protect investors from US turmoil
if it began to spread. Any doubts about whether we should turn
cautious were resolved once I began to hear the “safe haven”
camp arguments.
Now that the markets have turned and the economies in
the region have begun to weaken, it seems as if all the
“easy extrapolators” are condemning the region to doom.
Where were they before the downturn? Extrapolation is always
the simplest, easiest form of analysis but leaves me
uncomfortable.
But I am not willing to champion Latin America’s
structural story over the cyclical risks, at least not yet, for
three reasons. First, I am concerned that the deterioration in
the region is just getting underway, particularly in the region’s
largest economy, Brazil. And that means that there are plenty
of unknowns to work through after years of abundance.
Second, I am concerned that monetary policy may be of little
aid as the region slows. And third, I am concerned that the
authorities may find that their freedom to use fiscal policy may
be much more constrained than previously thought.

Downturn just starting
The downturn in Latin America is just getting underway.
While Mexico, Colombia and Chile are already slumping, Brazil
and Peru are still posting strong numbers. Peru posted 8.9%
real GDP growth in the month of August, while Brazil saw GDP
accelerate during the first half of the year, reaching 6.1% in the
second quarter, while domestic demand has been growing at
8.5% or higher. Brazil saw retail sales growing at almost 10%
in August. Likewise, industrial production data remained
resilient during much of the third quarter.

It has only been in the past few weeks that we have begun
to see important signs leading to a softening in Brazil. As
Marcelo Carvalho wrote last week, the first signs appeared in
mid-September when international trade financing lines fell to
roughly half of their level earlier in the month. Marcelo notes that
exporters – andcompanies in general - are reportedly lining up
at the national development bank (BNDES), asking for credit.
Meanwhile he cites local press reports that suggest a significant
tightening in local financing, as banks apparently have turned
more cautious in their lending decisions.
In turn, not only long-term financing,but even working capital
seems to have become harder to obtain.
As companies revise down their capex plans, and consumers
turn more cautious, sales of credit-sensitive durable goods
(such as automobiles) look likely to take a hit soon. And there
is talk that Brazil’s agricultural sector may see financing
shortages hitting fertilizer and seed purchases, which could
produce lower crops at the time of harvest. Meanwhile
anecdotal evidence for car sales suggests a sudden and
significant downturn in recent weeks.
And while the downturn may just be getting underway in
Brazil, worrisome pressure points are already emerging
from the currency’s abrupt weakening. We are already seeing
signs in Brazil where years of currency appreciation appears to
have lulled some companies into derivative arrangements that
have begun to turn the other way and hit earnings. Although it
is still too early to estimate how widespread those contracts
have been, the uncertainty is creating difficulties for companies
to access credit. In addition, while Brazil’s central bank took
measures last month designed to allow for larger banks to buy
credit portfolios of the smaller banks, the move served as a
reminder of the importance of international funding of many of
Brazil’s smaller banks.
While much of the demand for dollars may have come as
derivative structures forced the hand of Brazilian
corporates, Brazil’s sharp rise in portfolio flows in recent
years also poses a risk. Despite the strong uptick in foreign
direct investment, combined equity and fixed income flows
exceed that of direct investment . Through
August, Brazil had received nearly $33 billion in portfolio flows
during the past twelve months, just above the $32.7 billion in
direct investment. Our concern is that as the economy slows to
a pace of growth (2% on average in 2009e) below the market’s
consensus, both direct investment and equity portfolio flows
could soften and put more pressure on the exchange rate.
Foreigners currently hold just over one-third of the Brazilian
local stock market as of August. I doubt that Brazil is in the
“second inning” as our global currency strategist Stephen Jen
suggests for EM currencies , but I am
concerned that we are likely to continue to see pressure on the
exchange rate in the coming months as Brazil’s growth slumps
more sharply than most seem to expect.
At first glance, it would seem that Mexico should have
been better prepared for the coming slowdown. After all,
US weakness has already fed through to a downturn in
Mexican industrial activity, which has contracted in every
month since May. And unlike Brazil, Mexico would appear to
have less room to fall—its economy was only growing just over
2% in the first half of the year compared with Brazil’s 6% plus
pace. But the sudden move in the Mexican peso hit some of
Mexico’s best known corporates hard. In turn, the derivative
damage has contributed to the peso coming under additional
pressure, prompting the central bank to directly intervene in
currency markets with sales of $11.2 billion in dollars since
October 8. And the turmoil among corporates with exposure to
derivative losses has contributed to local commercial paper
markets coming to a near standstill.
Although the move in the Mexican peso---nearly 30% weaker
in mid-October compared with its average of the previous two
months—is not that much greater than the moves seen in
Brazil, Colombia or much of the region, the damage on local
sentiment appears to have been much greater. While a
Brazilian real exchange rate at 2.15 or 2.35 represents an
abrupt decline from levels of 1.60 seen in July or August,
Brazilians can remember in 2005 and indeed in 2001 or 2002
when the exchange rate had been at these levels. In contrast,
with the Mexican peso trading during the past decade within a
narrow range from 9 to 10 and then from 10 to 11, the move to
13 and above is seen almost as a promise that has been
betrayed. I fear that the unprecedented exchange rate
readings leave local economic agents more vulnerable to
turmoil. Indeed, I suspect that this is what prompted Banco de
Mexico to engage in massive US dollar sales in an attempt to
break a dangerous cycle of currency weakness begetting
turmoil, which in turn could produce even more demand for
dollars.
Given all of the unknowns regarding the duration of the
downturn in the US and the globe, it seems too early to
begin to look beyond the cycle in Latin America, especially
given the turmoil that we have already seen in the region in the
past weeks. The events of the past few weeks should serve as
a reminder of how quickly the “safe haven” can disappear once
the inflows of abundance have reversed.
Monetary muscle?
The second reason for caution is my concern that central
banks in Latin America may find that they have limited
scope to ease monetary policy faced with one of the most
serious growth challenges in decades. The rapid weakness in
currencies throughout Latin America could easily replace food
and energy quotes as the new threat to inflation targets in the
region.
At a time when real economic activity is coming under
siege, it is difficult to imagine central banks wanting to
keep interest rates high. Around the globe, central banks in
developed economies are easing interest rates. Real policy
rates around the globe had already turned negative at the
beginning of the year in every region except Latin America (see
Exhibit 3). That would suggest that Latin America has room to
ease rates aggressively. Unfortunately, that is unlikely to be
the case in the region’s largest economy, Brazil. Marcelo
Carvalho argues that while the global downturn is deflationary
for the global economy, it is not necessarily so for countries like
Brazil that are facing currency weakness. Indeed, Marcelo
argues that while the central bank may adopt a more pragmatic
approach faced with a much weaker economy, that is only
likely to mean that it doesn’t hike as much as strict adherence
to its inflation target would suggest. In the best of cases, we
see no easing until late next year in Brazil.
Why the contrast between Brazil and the developed
world? In part, because Brazil and much of Latin America
has been the epicenter of inflation not that long ago.
While Germany suffered in the 1920’s and Hungary
in the 1940’s, much of Latin America faced a serious bout of
hyperinflation in the 1980’s and into the early 1990’s. Those
memories have taken their toll on central bank policy makers —
leaving central bankers in the region more willing to respond to
an uptick in prices to limit the risks that a change in relative
prices unleashes a nasty wage-price spiral. Given the track
record, an accommodating central bank in the region that is
easing interest rates as the exchange rate is under pressure
can soon find that its own actions are pressuring the exchange
rate even weaker. Pass-through had gone dormant in the
region, but central bankers are on alert to see if the abrupt
currency moves begin to put pressure on inflation and
expectations despite the weakening in the economy to come.
Fiscal room?
Now is the time for counter-cyclical fiscal policy if there
has ever been a time. But I am cautious as to how much
space the authorities have to engage in fiscal stimulus.
Across the region, the abundance windfall has translated
into a sharp rise in fiscal spending in recent years. Chile is
the only country where the windfall produced a sharp rise in the
budget surplus. And therein lies the problem. With the
exception of Chile, an increase in spending is likely to turn
modest budget deficits into much larger deficits and hence
require that sovereigns increase their reliance on capital
markets precisely at a time when financing is becoming scare
and expensive.
Moreover, we estimate that the budget windfall by
mid-2008 had reached close to 3.9% of GDP among five of
Latin America’s largest economies or nearly $150 billion.
That means that if growth or commodity prices were to return to
pre-abundance rates, the fiscal shortfall would be in the
magnitude of 4.1% of GDP. That is the size of
the spending cuts that the region’s authorities would have to
engineer in order to maintain the current fiscal balance.
Alternatively, the gap represents a rough measure of the
magnitude of new taxes that would have to be raised. In reality,
it suggests an even more daunting task for the fiscal
authorities: just maintaining the current fiscal mix will likely
produce a much larger fiscal deficit.
Bottom-line
Faced with a global downturn, the region’s largest
economies are likely to face a relatively normal business
cycle rather than a full-fledged crisis. That is good news
and represents a graduation from the past for some in the
region. But be wary of over-emphasis on the region’s
resilience. After five years of above trend global growth, the
region is facing its most serious threat in decades and no one is
immune to the slump. Moreover, throughout the region,
authorities may find that the arsenal of policy tools at their
disposal is more limited than they hoped. There is still room for

(posted by Katya Hochleitner)
caution.

Vendas dos supermercados crescem 5,53%

Vendas dos supermercados crescem 5,53%
As vendas dos supermercados brasileiros tiveram em setembro uma alta de 5,53% em relação ao mesmo mês do ano passado, em termos reais, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a agosto, houve queda de 5,63%. No ano, o setor acumula uma alta de 8,93%, em valores deflacionados pelo IPCA do IBGE. A entidade considerou bastante positiva a manutenção do crescimento, mesmo com o vento contrário vindo do cenário internacional. No mês passado, a Abras disse que espera para o ano uma expansão em torno de 8% nas vendas do setor.

(posted by KAtya Hochleitner)

Varejo mexicano deve encolher em 2008

Varejo mexicano deve encolher em 2008
As vendas do varejo mexicano deverão cair 1% neste ano pelo critério mesmas lojas, devido ao desaquecimento da economia. A estimativa é da Antad, entidade eu reúne os 100 maiores varejistas do país. As vendas em lojas de departamentos devem recuar 5%, mas nos supermercados é esperada uma expansão de 1,5%. Se concretizado, o resultado anual mostrará uma piora em relação ao acumulado dos primeiros três trimestres de 2009, com queda de 0,1% em mesmas lojas.

(posted by Katya Hochleitner)

Confiança do consumidor americano despenca

Confiança do consumidor americano despenca
O Índice de Confiança do Consumidor calculado nos Estados Unidos pela Conference Board despencou no mês de setembro, recuando de 61,4 para 38 pontos, em uma escala de zero a 100. O componente que mede a situação presente da economia caiu de 61 para 42 pontos, enquanto o de expectativas sobre o futuro foi de 61,5 para 35,5. A queda era esperada, devido à crise financeira. o declínio de 23,4 pontos foi o terceiro maior da história da pesquisa. E, a julgar pelas avaliações negativas sobre o futuro da economia, o índice deve continuar caindo nos próximos meses.

(posted by Katya Hochleitner)

Wednesday, October 29, 2008

Families Will Gather Round the Holiday Table -- but Over Cheap Eats

link: http://www.youtube.com/watch?v=Qq8Uc5BFogE
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AdAge
Families Will Gather Round the Holiday Table -- but Over Cheap Eats
IRI: Private Labels, Big-Box Retailers to Benefit as Consumers Say They're Belt-Tightening
By Jack Neff Published: October 29, 2008
BATAVIA, Ohio (AdAge.com) -- It's going to be a private-label Christmas, or so data from an Information Resources Inc. survey of 1,000 consumers indicate. The firm projects consumer spending to hold up at around 2007 levels, though consumers will hunt hard for bargains and be reluctant to use credit cards. In a survey completed within the past two weeks, respondents said they'll place more emphasis on holiday traditions, family get-togethers and religious observance as a counterweight to the so-called misery index of rising unemployment and prices, said Thom Blischok, president-innovation and consulting for IRI. That includes 94% of consumers who said spending time with family and 80% who said holiday meals and entertaining would be more important this year than last. No fancy brands on the table But while 69% plan to spend about the same on holiday meals this year, nearly twice as many (20%) plan to spend less than more (11%). A whopping 91% said they would put private-label foods on the family table, and 51% said they would use private-label products whenever possible -- numbers well above the usual 30% to 35% preference for private label in such polls, Mr. Blischok said.
Related Stories:
Nothing Scary About Predicted Halloween Spending
NRF: Sales Will Grow 14% for Holiday; Only 2.2% for Christmas Season
Other budget-control practices appear to be on an upswing, too, he said, with 69% of shoppers saying they're more likely to make lists of needed items and 58% saying they will use newspaper coupons and seek out more in-store deals compared to last year. Rising prices of food, gasoline and utilities ranked well ahead of the recession, stability of financial institutions or even of jobs among influences on consumer-shopping decisions in the IRI study. But even the recent decline of gas prices doesn't appear yet to have buoyed consumer sentiment much, Mr. Blischok said. Of consumers in the survey, 61% said they plan fewer holiday shopping trips this year than last, and 41% plan to shop online more, though Mr. Blischok believes lower gas prices may induce more trips. The survey also found about 21% of shoppers plan to shop earlier this year -- mainly to find better deals -- compared to 10% who plan to shop later. Wal-Mart, Costco could be big winners Mr. Blischok predicted big-box stores such as Wal-Mart and Costco could be the big winners this year, possibly drawing shoppers from department and specialty stores by convincing consumers they can save enough on food to cross the aisle for gifts. "The gift giving is going to change to more functional and affordable products," Mr. Blischok said. "Expect to see things like home beauty treatments, home facials, big-screen TVs, affordable, functional sweaters. Not a lot of fad stuff. ... People expect to get the same number of gifts, but to get them a little cheaper than last year." More than 90% of consumers plan to use their credit cards the same or less, IRI said, extending the "deleveraging" in the rest of the economy. Holiday travel is under particularly severe pressure, as 30% of respondents said they plan to spend less on it and another 12% who traveled last year don't plan to do so at all. Only 15% plan to spend more on travel this year. If anything, the IRI survey paints a relatively rosy picture compared to the Consumer Confidence Index, which plunged to a record low of 38 in October from 61.4 in September as the global financial crisis drained what little buying spirit consumers had left, the Conference Board said today. The 38% drop off already-depressed levels takes the index to its lowest point since it was instituted in 1967. "This news does not bode well for retailers," Lynn Franco, the Conference Board's chief economist, said in a statement.

posted by Tais Nicolleti

Thursday, October 23, 2008

BOJ downgrades all regional economies

BOJ downgrades all regional economies
High energy and raw materials costs, declining exports blamed
Kyodo News
The Bank of Japan downgraded its economic assessment of all nine regions Monday, citing the negative impact of high energy and raw materials costs as well as decreasing exports due to the slowdown in the global economy.
Bad news day: Bank of Japan Gov. Masaaki Shirakawa (center) attends a meeting of BOJ regional branch managers at the central bank Monday. KYODO PHOTO


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BOJ Gov. Masaaki Shirakawa said Japan's economy is highly likely to remain "sluggish for the time being as it becomes clear that the world's economy is slowing."
The downgrading in the BOJ's quarterly Sakura Report, which was released during a meeting of BOJ branch managers, added to the view that the economy has completely halted its longest postwar expansion phase amid the deepening credit turmoil.
The BOJ began releasing the report in April 2005. This was the first in which the central bank cut the assessment on all of Japan's nine regions at the same time.
"Economic growth had been sluggish in general, mainly due to the effects of earlier increases in energy and materials prices and weaker growth in exports, although there were some regional differences," the report says.
It underlines that the economy has lost steam, with individuals reluctant to spend their money under pressure from rising gasoline, food and other daily goods amid slow growth in their income.
The nine regions are Hokkaido, Tohoku, Hokuriku, Kanto-Koshinetsu, Tokai, Kinki, Chugoku, Shikoku and Kyushu-Okinawa.
At the meeting of the central bank's 32 branch managers, Shirakawa said corporate and household demand could slow further given the lingering effects of high oil and other commodity prices.
The BOJ chief also said an increasing number of bankruptcies has made credit conditions tighter with smaller firms having trouble raising fresh capital.
He gave little indication about future monetary policy, reiterating the BOJ will closely monitor upside risks to inflation and downside risks to growth.
His warning followed the result of the central bank's latest "tankan" survey, released earlier this month, which showed that business sentiment at large manufacturers, a key component, had fallen to its lowest level in more than five years.
The terms of trade are improving, Shirakawa said, but added their earlier deterioration has generated "downside risks" to private-sector demand even as commodity prices have started to decline.
The global financial crisis remains the biggest source of concern for the BOJ.
The money market is maintaining a relatively "stable condition" in spite of the credit turmoil, compared with markets in the United States and Europe, he said, while warning the crisis in the global financial market could spread further and affect the wider real economy.
There are more companies going under in the real estate and construction industries, which are believed to be under the influence of the U.S. subprime mortgage crisis, he said.
The BOJ is closely watching developments and the "increasing tendency of credit costs," with more banks wary of extending fresh loans, he said.
August CI clipped
The government on Monday slightly revised downward a key economic gauge for August but left unchanged its basic assessment of the economy for that month as "worsening."
The Cabinet Office said the composite index of coincident economic indicators for August stood at 100.6 against 100 for the base year of 2005, down from a preliminary reading of 100.7 released earlier this month.
The revised reading represents a drop of 2.9 points from July.
The office adopted the composite index, or CI, as the mainstay gauge of the economy in place of the diffusion index, or DI, starting with its April survey. The CI is considered more helpful in measuring the degree and pace of change in each indicator than the DI.
The composite index of leading economic indicators, which predicts economic developments over the coming months, was revised downward from a preliminary 89.3 to 89.0, down 2.4 points from July.
The index of lagging indicators, which measures economic performance in the recent past, was revised upward to 100.5 from a preliminary 100.2, but was still down 0.5 point from July.

(posted by Nathalie, Building Brands)

Tuesday, October 21, 2008

Mattel and Hasbro have solid Q3 with sales up amid difficult environment

Mattel and Hasbro have solid Q3 with sales up amid difficult environment
WGSN 21.10.08




Toy giants Mattel and Hasbro have both posted solid results for the third quarter amid a difficult consumer environment, with sales up at both companies as they head into the crucial Holiday period.
Mattel said that sales worldwide were up 6% to $1.95bn, including a favourable gain from currency exchanges of two percentage points. There was a 4% domestic increase and a 7% hike internationally – including a favourable currency exchange gain of six percentage points – while net profit was $238.1m/ $0.66 per share, compared to $236.8m/$0.61 in the same period last year.
"In light of the recent global economic environment, our business performed well in the quarter," said CEO Robert A Eckert.
By brand, Mattel said modest domestic growth in Barbie sales was offset by international declines and the brand posted a 1% sales slip worldwide, but its Other Girls Brands saw sales rise 26% driven primarily by Disney's High School Musical dolls.
In its Wheels category, which includes the Hot Wheels, Matchbox and Tyco R/C brands, sales were up 7% and its Entertainment business saw a 3% increase in the quarter on the back of shipments related to the Batman: The Dark Knight, Speed Racer and Kung Fu Panda movie properties.
Fisher Price, meanwhile, saw a 4% sales hike to $833.1m while its American Girl Brands business registered an 11% sales hike to $78.8m.
Hasbro, meanwhile, also reported a 6% sales hike to $1.3bn, which dipped to 5% when accounting for the impact of foreign exchange. US and Canadian sales grew 6% while international revenues drove 9% higher, or 4% excluding the foreign exchange impact.
Net profit was $138.2m/$0.89, an increase on the $132m/$0.78 posted last year when excluding the benefit of a favourable tax adjustment of $29.6m/$0.17. Including the tax adjustment benefit, Hasbro posted earnings in Q3 last year of $161.6m/$0.95.
"We are very pleased with our third quarter and year-to-date performance," said CEO Brian Goldner. "In a challenging environment, we delivered both revenue and earnings growth

Sony Ericsson tem prejuízo e reduz família de produtos

Sony Ericsson tem prejuízo e reduz família de produtos
VALOR ECONÔMICO - 20/10/2008

A Sony Ericsson anunciou, na sexta-feira, seu primeiro prejuízo líquido trimestral em mais de cinco anos. O desempenho da quinta maior fabricante mundial de telefones celulares foi afetada pela diminuição das compras de aparelhos pelos consumidores.A companhia, pertencente à sueca Ericsson e à japonesa Sony, anunciou um prejuízo líquido de € 25 milhões (US$ 34 milhões) no terceiro trimestre, em comparação com o lucro de € 267 milhões do mesmo período do ano passado.Dick Komiyama, presidente da Sony Ericsson, anunciou planos para reduzir em 20% a família de celulares da companhia para ampliar a lucratividade. Ele disse que a empresa está consolidando três divisões de desenvolvimento de celulares em apenas uma para minimizar a duplicação de esforços e melhorar a eficiência.O executivo também não descartou a possibilidade de ampliar o programa da Sony Ericsson que visa cortar 300 milhões em custos, o que envolve eliminar 2 mil postos de trabalho. "A confiança do consumidor está diminuindo quase dia a dia", disse Komiyama, ao comentar o desaquecimento econômico e a crise bancária.Os consumidores europeus vêm adquirindo menos telefones celulares devido ao desaquecimento econômico, o que fez a Sony Ericsson divulgar advertências sobre seus resultados no primeiro e segundo trimestres. A Europa Ocidental continua sendo o mais importante mercado para a Sony Ericsson, que conseguiu ampliar suas vendas na Europa, no Oriente Médio e no África no terceiro trimestre, em relação aos três meses anteriores.Esse desempenho foi obtido, em parte, mediante agressivos cortes de custos, que também permitiram à companhia manter em 8% sua participação no mercado mundial de aparelhos celulares no trimestre.No período, a Sony Ericsson anunciou vendas de € 2,8 bilhões, o que representa uma queda de 10% frente ao mesmo trimestre do no ano passado. A lucratividade também foi prejudicada por uma combinação de cortes de preços e despesas de reestruturação.Richard Windsor, analista da Nomura, empresa de serviços financeiros, disse que a lucratividade teria sido substancialmente pior, não fosse o cuidadoso controle de despesas operacionais. "A posição da Sony Ericsson permanece difícil, mas os prejuízos foram em larga medida contidos por ganhos de eficiência e a companhia defendeu sua participação de mercado", disse o especialista.

Monday, October 20, 2008

Redes ensinam consumidores a economizar


Redes ensinam consumidores a economizar
Pode parecer um contra-senso, mas o fato é que, com o recrudescimento da crise econômica nos Estados Unidos, várias redes varejistas estão oferecendo em suas lojas cursos para os consumidores que querem economizar. A explicação para isso é que, para muitas empresas, essa é uma forma de fidelizar os consumidores e evitar que eles busquem outro lugar para gastar menos. Varejistas como Stop & Shop, Home Depot, Whole Foods e Wal-Mart entraram na onda e ensinam a economizar energia, a aproveitar sobras de produtos e oferecem dicas de gestão financeira. Fonte: GSM&D
(posted by Katya Hochleitner)

Financial Times eleva propaganda em campanha

Financial Times eleva propaganda em campanha
Ação criada pela DDB leva às ruas de Londres uma reflexão sobre a importância de se manter os investimentos em publicidade para que as empresas saiam ilesas da crise
17/10/2008 - 15:59
O Financial Times está lançando uma campanha em outdoors criada pela DDB na qual leva às ruas de Londres uma reflexão positiva sobre a publicidade. A idéia das peças é provocar debate sobre a importância da propaganda em momentos de crise econômica, além de levar os consumidores para o site da campanha, que trazem estudos de caso de gente que se beneficiou do continuísmo da propaganda. Elas mostram a mensagem: "Crise global. Qual é o primeiro erro que as empresas cometem?", mas sem nenhuma imagem.O espaço online informa (e mostra) que em cada recessão dos últimos 90 anos, estudos independentes mostram que os anunciantes que aumentaram sua propaganda são os que sobreviveram aos tempos ruins.Um dos casos citados foi do Barclaycard, que dobrou seus investimentos no início dos anos 90, enquanto o concorrente Acess cortou. O primeiro triplicou a lembrança de marca, enquanto o segundo perdeu muito terreno. Outro case: nos anos 30, durante a Grande Depressão, a Kellogg's manteve seus investimentos, enquanto a Post não o fez. A primeira acabou dominando o mercado de cereais pelos 50 anos seguintes.

(posted by Maria cláudia Brígido)

Thursday, October 16, 2008

US shoppers to constrain holiday spending - NRF

US shoppers to constrain holiday spending - NRF
WGSN 16.10.08

Although US shoppers will spend more on Holiday-related purchases this year, the increase will be at its lowest level in at least six years, according to the National Retail Federation's annual survey.
Consumers plan to spend an average of $832.36 on Holiday shopping, up just 1.9% compared with a year earlier, the smallest rise since 2002, when the NRF began conducting the survey.
For the first time in the survey's history, the NRF said people plan to spend less on gifts for family members – $466.13 this year, down from $469.14 last year – but spending will increase on gifts for friends and co-workers, it found.
Meanwhile, spending is expected to be particularly weak among 18-24-year-olds, who expect to spend $50 less on gifts than last year.
The survey comes as the trade group has already forecast 2008 US Holiday sales to increase 2.2%, also the lowest level of growth in six years.
"Consumers will be sticking to their budgets and looking for good deals when deciding where to spend this holiday season," NRF chief executive Tracy Mullin said.
As shoppers look to stretch limited budgets this Holiday, 40% said sales or price discounts would be the largest factor in determining where they will shop. Almost 70% plan to do some shopping at discount stores, while 58% plan to shop at department stores.
With retailers offering some of their most enticing discounts of the year during the holiday season, the survey found that shoppers expect to spend $119.83 on additional non-gift purchases for themselves or their families during the Holiday season, up from $106.67 last year.
The survey, conducted for NRF by BIGresearch, polled 8,117 consumers between September 30-October 7.

© WGSN 2008

(posted by Katya Hochleitner)

US retail sales fall for third consecutive month as fears of recession grow, stocks plummet

US retail sales fall for third consecutive month as fears of recession grow, stocks plummet
WGSN 16.10.08


Fears of recession escalated Wednesday (October 15) as US retail sales in September dipped 0.7% month-on-month and were down 1.4% from last year, according to figures released by the National Retail Federation.
Worse figures are expected for October and the stock market responded poorly with apparel-related stocks hit hard, headed by Liz Claiborne declining over 15% to its lowest price in 13 years and Jones Apparel plunging over 30% to a 12-year low.
The NRF figures also meant it was the first time retail sales had fallen three consecutive times since 1991.
Apparel retailers saw September declines of 2.3% from August and 2% on the year. The only categories to see sales gains were health and personal care and grocery stores.
"With economic concerns weighing down consumers, retailers are facing incredible challenges heading into the fourth quarter," said NRF chief economist Rosalind Wells.
"Retailers are cutting operating costs by whittling back inventory levels and trimming labour costs, but it is nearly impossible for companies to fully counteract a complete pullback in consumer spending."
Meanwhile, retail figures released Wednesday by the US Commerce Department showed total sales declined 1.2% from August and were flat when compared to last year.
These figures includes non-general merchandise categories such as autos and petrol stations while the NRF figures don't.

(posted by Katya Hochleitner)

Entenda como a crise dos EUA afeta o Brasil

Entenda como a crise dos EUA afeta o Brasil
da Folha Online
A crise financeira que começou há mais de um ano nos Estados Unidos como uma crise no pagamento de hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Banco atrás de banco por lá apresentou perdas bilionárias, outros chegaram a quebrar. Na Europa também há vítimas. E no Brasil? Por aqui, a crise não afeta ninguém diretamente --os bancos dizem não possuir papéis ligados às hipotecas--, mas atinge vários setores por causa da forte contração de crédito.
Entenda como começou a crise nos EUA
As quebras e os problemas enfrentados por bancos até então considerados importantes e sólidos geraram o que se chama de "crise de confiança". Num mundo de incertezas, o dinheiro pára de circular --quem possui recursos sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa não encontra quem forneça. Isso fez cair e encarecer o crédito disponível. E numa economia globalizada, a falta de dinheiro em outro continente afeta empresas no mundo todo.



Com a circulação de dinheiro congelada e o consumo comprometido, o resultado esperado é a contração das economias, uma vez que empresas, pessoas físicas e governos passam a encontrar dificuldade em financiarem seus projetos. Justamente para injetar liquidez (dinheiro nos mercados) os Bancos Centrais fazem leilões de moeda e criam linhas especiais de bilhões de dólares.
No Brasil, é exatamente esse o principal efeito da crise: a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes empresas que dependem de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos disponíveis, afinal, os bancos têm medo de emprestar em um contexto de crise. Por conseqüência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país.
Até mesmo os bancos começam a sofrer com a dificuldade de captar recursos no exterior, o que deve fazer os empréstimos ficarem mais caros e mais difíceis também para as pessoas físicas. Por conta disso, as instituições de médio e pequeno porte já tiveram ajuda do governo brasileiro.
Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BC (Banco Central) anunciou mudanças nos depósitos compulsórios das instituições financeiras, um dos instrumentos usados para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia.

(Katya Hochleitner)

Governo reduz previsão de crescimento do PIB em 2009

Governo reduz previsão de crescimento do PIB em 2009
da Folha Online
Com a desaceleração na economia brasileira devido à crise no mercado financeiro nos EUA, o governo brasileiro prevê que o país deve crescer entre 3,8% a 4% em 2009, contra uma estimativa inicial de 4,5%, revela reportagem de Valdo Cruz publicada na Folha .
Esse é o novo cenário --com menos crescimento e mais inflação no próximo ano-- que o governo vai incluir em novembro na proposta de Orçamento do ano que vem. Na revisão do Orçamento que deve ir ao Congresso no dia 20 de novembro, a tendência é o governo optar pela taxa de 4%. Analistas falam em algo entre 2,6% e 3,5%.
Quanto à inflação, o governo não costuma fazer projeções, mas apenas incorporar as previsões captadas pela pesquisa de mercado do Banco Central, que no momento apontam para uma inflação medida pelo IPCA de 4,9% em 2009. Na proposta original do Orçamento, a previsão de inflação do ano que vem foi fixada com base na meta de 4,5%, a mesma deste ano.

(Katya Hochleitner)

Atacadistas param vendas de importados

Atacadistas param venda de importados
As vendas de produtos importados de atacadistas para os supermercados estão suspensas desde a semana passada por conta da alta do dólar. A dificuldade para estabelecer preços de vinhos, azeites, azeitonas, alimentos em conservas e de produtos mais consumidos na época de Natal, como uvas-passas, avelãs e castanhas, levou os atacadistas a interromperem as negociações. A expectativa das redes de supermercados é que as negociações voltem a ocorrer nos próximos dias e que os aumentos de preços de importados não ultrapassem 15%, ficando na faixa entre R$ 1,80 e R$ 2,00.
Fonte: Folha de S.Paulo

(Katya Hochleitner)

Luxo prevê Natal positivo, mas teme 2009

Luxo prevê Natal positivo, mas teme 2009
Da mesma maneira que o varejo tradicional prevê um Natal com otimismo, mas com menor volume de vendas, o cenário para o mercado de luxo deverá acompanhar esses passos sem sofrer tanto com a volatilidade da moeda norte-americana. Neste ano, a previsão é de que o segmento movimente US$ 2,8 bilhões, cifra 25% maior que a do ano passado. Para o início do próximo ano, a projeção de especialistas é que as vendas tenham um recuo inferior a 3,5%, taxa do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para 2009. Enquanto as redes de lojas departamentos de luxo americanas Neiman Marcus e Saks registraram quedas nas vendas de dois dígitos no mês passado, com tendência de o volume continuar deprimido até o fim do ano, a francesa Louis Vuitton ressalta que os planos de expansão continuam os mesmos. Com cinco lojas entre São Paulo e o Rio de Janeiro, Cristiano Ferrario, diretor de Varejo da Louis Vuitton Brasil, afirma ter planos de inaugurar cerca de uma loja por ano. Ferrario confirma que em 2009 o Shopping Iguatemi Brasília (DF) ganhará uma unidade da rede e a intenção é abrir pontos nas capitais brasileiras. Hoje, o Brasil e o México representam 70% do faturamento da rede na América Latina, sendo que o Brasil está se tornando um mercado mais interessante e com muitos pontos para abertura de lojas, como shoppings de alto padrão.
Fonte: DCI

(Katya Hochleitner)

Varejo de shopping tem retração em setembro

Varejo de shopping tem retração em setembro
O MercadoFlux, indicador da atividade comercial dos shopping centers, registrou em setembro uma queda de 5% em relação a agosto. Entretanto, na comparação com setembro de 2007 o resultado é positivo, com alta de 3%, ritmo que vem sendo observado durante todo o ano. No acumulado do ano, a atividade comercial em shopping centers vem em crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2007. Na análise por região, em Belo Horizonte (MG) ocorreu a maior queda: 10% em relação a agosto. São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram baixa de 5% e 4%, respectivamente. Por porte de shopping, a maior queda ocorreu nos empreendimentos de grande porte (-6%), enquanto nos de médio e pequeno portes houve retração de 4% e 3% em relação a agosto, respectivamente. Já na comparação com setembro de 2007 o resultado é positivo, com destaque para os shoppings de pequeno porte, que tiveram crescimento de 14%.

Fonte: Gouveia de Souza Consultores

(Katya Hoshleitner)

Mais da metade dos britânicos irão barganhar compras de Natal

Mais da metade dos britânicos irão barganhar compras de Natal
Com o recente crash do mercado financeiro, o aumento do custo de vida e a elevação do sentimento de insegurança, os consumidores britânicos decidiram pechinchar em suas compras de bens duráveis, embora não estejam tão dispostos a fazer o mesmo nas negociações de produtos financeiros. Um levantamento realizado pela Experian mostra que 57% dos britânicos adultos estão mais propensos que há um ano a negociar descontos sobre o preço dos produtos. Quase 50% dos entrevistados deverão pechinchar na compra de produtos cotidianos, enquanto apenas 16% pensam em barganhar em empréstimos e outros serviços financeiros. A explicação é o conhecimento maior e as melhores condições de avaliar se a oferta é boa em produtos cotidianos.

(Katya Hochleitner)

Tuesday, October 14, 2008

Consumidor brasileiro ignora crise e comprará mais no 4º trimestre, diz pesquisa

14/10/2008 - 16h07
Consumidor brasileiro ignora crise e comprará mais no 4º trimestre, diz pesquisa
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da Folha Online
Os consumidores brasileiros não deverão reduzir suas intenções de compra devido à crise financeira que se abate sobre o mundo e indicaram um ímpeto ainda maior para gastar e garantir um final de ano gordo, segundo a pesquisa Intenção de Compra no Varejo do quarto trimestre do ano.
Segundo o estudo, realizado pela Provar (Programa de Administração de Varejo) da FIA (Fundação Instituto de Administração) e pela Felisoni Consultores Associados, apenas 26,2% das pessoas ouvidas não pretendem realizar compras de produtos não-essenciais. É um índice menor do que a do terceiro trimestre (38,2%) e do quatro trimestre do ano passado (38,8%).
"Podemos associar às boas perspectivas o otimismo do consumidor, cuja percepção não leva os rumores negativos da crise financeira mundial, além de ser tradicionalmente um período de grande movimentação no varejo em função das compras de Natal", disse Claudio Felisoni, coordenador do Provar/FIA.
Entre os segmentos apresentados, o que tem o maior índice de intenção de compra no quarto trimestre são os de Informática (13,2%), Cine e foto (12,8%), Eletroeletrônicos (11%), Telefonia e celulares (10,6%), Móveis (9,2%) e Linha branca (9,2%).
Em relação ao mesmo período do ano passado, os destaques ficam para a alta da intenção de compra dos segmentos de Informática (de 8,8% para 13,2%) e de Eletroeletrônicos (de 8,8% para 11%).
A taxa de pessoas que pretendem realizar compras pela internet também subiu, segundo a pesquisa. Para o quarto trimestre a taxa é de 21%, quase o dobro do observado no terceiro trimestre (11,6%).

(Katya Hochleitner)

Global economic woes to have "profound and widespread" impact on luxury market says survey

Global economic woes to have "profound and widespread" impact on luxury market says survey
WGSN 14.10.08




The global banking bail out and the historic stock market declines of the last 10 days will have a profound and widespread impact on the luxury market, according to research firm Unity Marketing in its first survey of the luxury consumer mindset since October 3.
"Few luxury brands are going to weather this global economic crisis with impunity," said Pam Danziger, president of Unity Marketing. "Our latest survey of 1,200 affluent consumers at the top 20% of US households (average income $209,500 and fielded October 3-8) shows that the majority of affluents are changing their shopping behaviour in response to the current economic climate.
"In particular they are shopping less often and shopping more strategically by making lists, comparison shopping and doing their research before venturing into the stores. These new shopping patterns are going to put additional pressure on struggling retailers who traditionally have looked to the upper-income shoppers to bolster their revenues."
Unity Marketing's Luxury Tracking Study for 3Q shows that the average amount consumers spent on luxury remained flat from the second to third quarter. However, in 15 out of 21 product and service categories studied, luxury consumers spent more on average in Q3 as compared to the previous quarter.
Danziger explains: "The fact that total spending remained flat but luxury consumers spent more on average in 15 different categories indicates that affluents are buying luxuries more selectively and more carefully. They are still spending - and spending quite generously - on those choice luxury items they decided to splurge on, but they are splurging on fewer items overall."
For the coming Q4, Danziger advises that because affluent shoppers are staying out of stores to resist temptation, "retailers must offer shoppers new in-store experiences they simply can't ignore, like the cash-back gift card sale going on now at Bergdorf Goodman."
She noted: "Further, luxury brands need to look strategically at their product assortments and price ranges, since affluents are widely choosing to buy less premium brands in order to save money. So a luxury brand that offers more accessibly priced alternatives, like Vera Wang Lavender Label or the Akris Punto brand, can keep their customers from trading-down to another company's brand."
She also believes brand managers need to boost the value messaging in their marketing efforts to help justify the expense of paying a premium for their brands. "For today's resistant affluent shopper, luxury brands that focus their marketing messages on quality and value, rather than on image or status, will attract careful shoppers. In other words, luxury brands need to sell the 'steak' once again, not just the sizzle."

(Katya Hochleitner)

Sobe taxa de financiamento de carro

Sobe taxa de financiamento de carro
Apesar do aperto de crédito para a compra de automóveis, montadoras afirmam que mantêm investimentos
Marianna Aragão – Estadão.com.br de 14/10/2008.
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Os primeiros sinais de que a crise bate à porta apareceram na semana passada para a indústria automobilística, com a subida das taxas médias de juros para financiamentos e o encolhimento dos prazos. Porém, segundo representantes do setor, ainda não são suficientes para alterar os planos de investimentos das montadoras. "Estamos olhando o Brasil com as mesmas condições de crescimento estrutural. A serenidade vai voltar ao mercado", diz Jackson Schneider, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que estima crescimento de 15% na produção nacional em 2008, em comparação ao ano anterior. A Ford teve aumento de 8% nas vendas nos primeiros dez dias de outubro, ante o mesmo período de 2007. Já em relação a setembro, o número de veículos vendidos entre 1º e 10 deste mês mostrou uma queda de 1,2%. "Há uma redução no ritmo do crescimento, mas ele continua existindo", diz o diretor de assuntos governamentais da empresa, Rogélio Golfarb. "Não estamos em contração ainda, nem temos planos de tirar o pé do acelerador."A montadora descarta, por enquanto, dar férias coletivas ou mesmo diminuir o ritmo da produção. Há duas semanas, GM e Fiat anunciaram férias coletivas para parte de seus empregados, negando, porém, qualquer relação com redução da demanda interna. Mesmo sem desconsiderar uma redução da produção, as montadoras deixaram claras suas preocupações com a maior restrição ao crédito para compra de veículos nos últimos dias. Ford, GM e Volkswagen anunciaram condições especiais para financiamentos, baixando a taxa de juros para até 0,99%, em alguns casos. Temendo queda nas vendas, concessionárias também sacrificaram margens e passaram a oferecer descontos à vista para alguns modelos. Apesar do esforço, analistas apostam que haverá uma desaceleração do setor. "A crise terá um impacto negativo na concessão de crédito, que ficará mais escasso e caro", diz a vice-presidente da consultoria Booz & Company, Letícia Costa. Cerca de 65% das vendas no País são feitas a prazo. Segundo Letícia, as montadoras devem reduzir o ritmo de sua produção como resposta à situação. Para o diretor-executivo da TBM Consulting para a América Latina, Carlos Louzada, a restrição ao crédito vai puxar uma queda de 20% a 30% nas vendas do último trimestre do ano, comparado com o mesmo período de 2007. "Com prazos menores, a capacidade de endividamento vai aumentar. Isso deve afastar essa parcela (20% a 30%) de consumidores", diz. PRESTAÇÕESNas lojas, os consumidores já começam a fazer novos cálculos na hora de comprar o carro. O representante comercial Marcos Camargos, por exemplo, calculava na semana passada o valor das prestações de seu novo veículo. Ele estava perto de comprar um Fiat Siena zero quilômetro, em 60 prestações com juros de 1,63% ao mês. "Se tivesse vindo há dois meses, pagaria R$ 70 a menos na prestação", lamentou. Porém, Camargos não vai desistir da compra. "Pessoalmente, chegou a minha hora de comprar. Ainda é uma prestação interessante, que cabe no meu orçamento."

(Wagner Constantino)

CRISE. VOCÊ PREFERE COM OU SEM AÇÚCAR?

CRISE. VOCÊ PREFERE COM OU SEM AÇÚCAR?
Nós já enfrentamos e sobrevivemos a muitas crises. Talvez já tenhamos perdido as contas sobre o número e a origem delas. Mas as malditas já nos surpreenderam diversas vezes enquanto assobiávamos distraídos virando algumas dessas esquinas da vida. Algumas foram provocadas pelo petróleo, outras pela Rússia ou pela China, a maioria gerada internamente, já que em matéria de crise, o Brasil sempre foi auto- suficiente. A tal ponto que, se não chegamos a ser fraternos amigos - nós e a crise - também não podemos negar que tenhamos nos tornado íntimos conhecidos.
Nenhuma crise é igual à outra. Essa que chegou com toda a força, agora, certamente é a mais diferente de todas. Porque o Brasil não tem um pingo de responsabilidade sobre o que está ocorrendo e porque o Brasil está no seu melhor momento economicamente falando. O Brasil nunca esteve tão em dia com as suas obrigações, o dever de casa feito, com um mercado interno tão forte, com empresas tão sólidas, modernas e competitivas e com suas instituições tão garantidas, para encará-la.
Mas isso não nos exime das conseqüências da crise. Que, por sinal, é também uma das mais potentes e destruidoras das que se tem notícia em quase um século. Ela já está sendo dura e será ainda mais devastadora, não precisamos ser profetas para prevê-lo.
Então, o que nos resta fazer?
O óbvio é termos medo, nos encasularmos, rezarmos para diferentes deuses, de diferentes religiões, ficarmos imóveis acreditando que qualquer mínimo movimento pode ser fatal para ela nos alcançar e, assim, esperarmos, até que ela passe.
Demitir, cortar os investimentos, reduzir a produção, suspender novos projetos, reprimir os movimentos de inovação, não acreditar num retorno inesperado da demanda, também são boas e óbvias idéias.
Talvez, algumas tenham mesmo que ser feitas, quem sabe?
Mas também há o inóbvio, por mais que, obviamente, a palavra inóbvio não exista. E não existe por quê? Porque ninguém a disse antes, vai saber.
E é aí que reside o intuito deste nosso anúncio: apelar para os que acreditam que o inóbvio existe. Não só existe, como pode ser feito nesse exato momento onde o óbvio é o que todos pensam, todos fazem, todos professam e todos aconselham.
O intuito deste anúncio é, humildemente, tentar criar uma minúscula fagulha de otimismo, de esperança – nossa velha, desgastada, mas essa sim, querida amiga em todos os nossos célebres momentos de crise – para que ela se dissemine, se instale na nossa cabeça, nas nossas empresas, na nossa sociedade, mesmo lutando contra esse poderoso inimigo, que tão mais facilmente gosta de se instalar nesses mesmos lugares ao menor sinal de que o pior pode acontecer.
O intuito deste anúncio é despertar o empreendedorismo que sempre caracterizou o empresariado brasileiro, a coragem que sempre foi a marca registrada das nossas empresas, a capacidade inesgotável de reinvenção que sempre foi o norte dos vencedores neste nosso país.
E também é o intuito deste anúncio demonstrar que um marketing original é a mais poderosa fonte de energia, capaz de gerar as transformações que uma empresa precisa num momento de crise.
Nós acreditamos piamente nisso.
Esse é o nosso óbvio.
Acreditamos que se esse não é o momento de inovar, que outro será?
Acreditamos que se esse não é o momento de ser e parecer diferente dos seus concorrentes, que outro haverá de ser?
Acreditamos que se não for essa a hora de falar, enquanto muitos se calam de medo, que outra hora estará à nossa disposição para fazê-lo?
Uma grande idéia, única, diferente de todo o óbvio, sempre foi e sempre será o detonador mais valioso - e menos oneroso - para se mudar a história, o humor, a fé, a determinação e o otimismo interno de uma empresa.
É isso que nós defendemos para os nossos clientes e que queremos externar para o Brasil inteiro hoje. Porque tivemos a presunção de que se nós pensamos assim, talvez você, talvez mais gente por aí também pense do mesmo jeito. E nós adoraríamos poder contar com mais gente, mais empresários, mais cidadãos para ajudar a contrariar o óbvio, a não aceitar passivamente em todas as suas piores conseqüências o medo, pelo medo.
Crises nós já enfrentamos e, queiramos ou não, ainda enfrentaremos essa um bom tempo e outras por muitas vezes.
O que deve nos mover é a visão de como nós queremos ser percebidos assim que mais uma vez nós sairmos dela.
De pé, ou de cócoras.
Aqueles que foram criativos, inovadores, desafiadores, obstinados, inteligentes, inóbvios, ou apenas aqueles - a maioria - normalmente óbvios.
Na crise, já disseram muitos, é que se separam os homens dos meninos.
Ou seja, crise pode ser café pequeno para os homens.
Nós gostamos com açúcar.10/10/2008
texto de Fábio Fernandes, da F/Nazca

Akyra Tateyama

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe
Autor: Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD
Data: 13/10/2008
O dito popular encerra de forma simples e direta o que os modelos estatísticos e toda a parafernália metodológica dedicada à previsão de cenários reconhece: a períodos de intensa expansão seguem-se épocas de acomodação, que podem trazer consigo perdas e reposicionamentos.Tudo acaba sendo retratado no conceito de ciclos econômicos de maior euforia e crescimento, seguido de outros em que o básico e fundamental volta a ser dominante.Eis a provável mega-síntese do quadro atual.O mundo viveu uma fase eufórica de expansão de negócios alimentada por uma bolha especulativa envolvendo o mercado imobiliário norte-americano, que se alimentou de sua própria ilusão para criar um sonho maior. E quando as bases desse modelo ameaçaram ruir, desabou tudo que estava apoiado em expectativas e crenças muito acima do que o bom senso recomendaria sustentar.E a economia, o mercado, as Bolsas, o crédito e o setor financeiro vão agora purgar o sonho descolado do mundo real que enriqueceu muitos, fez imensos recursos mudarem de mãos, colocou riqueza desmesurada na mão dos mais ambiciosos e destemidos e agora vai tentar depurar o que era real, o que era truque, o que era ilusão, o que esperteza, o que era possível, o que tangível, o que era possível.Será um daqueles períodos típicos de ressaca. Cheio de promessas enquanto a dor não passa. Repleto de compromissos assumidos pelo longo prazo de cautela, cuidado e provação que, passado o período de pior provação, serão esquecidos. Talvez com novos protagonistas, pois o mercado costuma expulsar os piores atores.O tempo da ressaca ninguém consegue estimar com certeza.Nos países mais desenvolvidos já começou e as conseqüências são dramáticas: retração de consumo, cautela, postergação de desejos, racionalização. O resultado já pode ser sentido no comportamento das vendas nas mesmas lojas, que, nos Estados Unidos, é próximo a zero ou negativo. O mesmo vem sendo sinalizado na Alemanha, Japão, Inglaterra, França e Espanha.Necessariamente não pelas mesmas causas, nem na mesma intensidade, mas os mercados mais desenvolvidos são e serão mais fortemente impactados pelo terrível gosto de ressaca, que pode se prorrogar por todo o ano de 2009 e, talvez, ainda, parte de 2010. E ninguém pode neste momento estimar o tamanho do buraco.Nos países emergentes há um quadro significativamente diferente. Afetado de forma indireta pelo descontrole financeiro, o reposicionamento econômico mundial fará retrair a demanda pelos produtos exportados por esses mercados, aliado à retração e ao encarecimento mundial do crédito, complementado pela exponenciação da aversão ao risco. Mas esses países continuarão crescendo e puxando para cima a média global.No Brasil, o ano de 2008 já está encaminhado. Consumo e varejo crescerão e puxarão a expansão do PIB neste final de ano, pois as bases desse comportamento já estão lançadas com o crescimento da renda, o baixo desemprego, a confiança abalada (mas não totalmente retraída) e a menor oferta de crédito. O que permitirá fechar o ano com expansão no varejo abaixo dos 10,6% do primeiro semestre ou dos 9,4% de todo o ano passado, mas ainda assim acima do PIB: entre 7,5% e 8,5%.As dúvidas todas ficam para 2009, dependendo da retração global e da capacidade das empresas reagirem com inovações, com o "back to basics" e com a busca incessante por alternativas para reverter o cenário.Tudo leva a crer que o consumo interno deverá continuar puxando o crescimento do PIB e o varejo terá o mesmo comportamento, inferior ao que haverá neste ano, mas significativamente superior à média mundial.Se não é o que se planejou, é muito melhor do que se imaginou quando o vento mudou de direção e o pianista do Titanic apregoava o distanciamento do Brasil do núcleo do problema.Ao menos nos demos conta de que mudou, e mudou para pior, e agora é tempo de um balanço sensato e maduro e de tocar a bola para frente, pois não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe.

Katya Hochleitner

Um terço dos americanos cortam compras de Natal

Um terço dos americanos cortam compras de Natal
Uma pesquisa realizada pela Nielsen mostra que cerca de 35% dos consumidores americanos pretendem gastar menos na temporada de Natal deste ano em relação a 2007. A Nielsen entrevistou 21 mil residências para chegar a esse resultado. Apenas 6% dos entrevistados pretendem gastar mais nesta temporada de final de ano, enquanto quase 60% dos consumidores têm a intenção de gastar valor semelhante ao do ano passado.

Katya Hochleitner

Alta do dólar já afeta comércio de luxo e popular em São Paulo

13/10/2008 - 10h30
Alta do dólar já afeta comércio de luxo e popular em São Paulo
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FÁTIMA FERNANDESCLAUDIA ROLLIda Folha de S.Paulo
A alta do dólar abalou o comércio de luxo e o de produtos populares em São Paulo. As revendas de carros importados da rua Colômbia, nos Jardins, registram queda de até 50% nas vendas nas últimas duas semanas. Nas lojas da rua 25 de Março, que comercializam mercadorias importadas da China, do Paraguai e da Índia, o consumo caiu até 30% no período.
Os consumidores de alto poder aquisitivo paralisaram as compras porque estão perdendo dinheiro na Bolsa de Valores, segundo afirmam lojistas que atuam com a venda de automóveis, jóias, roupas e acessórios de luxo.
Clientes que haviam dado um sinal em cheque para concessionárias de veículos de luxo voltaram dias depois para pegar o dinheiro de volta devido às incertezas no mercado.
"Eles [os compradores] estão agora em compasso de espera para ver como vai se comportar o mercado de ações no país", comenta Sabrina Fontes, consultora de vendas da Mercedes-Benz, loja que fica na rua Colômbia e que registrou queda de 50% nas vendas em um período de duas semanas.
O modelo SLK 55 AMG, vendido pela Mercedes-Benz pelo dólar do dia, custava na última quinta-feira US$ 196 mil. Como o dólar subiu de cerca de R$ 1,60 para próximo de R$ 2,40, o preço desse carro passou de R$ 313,6 mil para R$ 470,4 mil.
"Tive sorte por ter fechado a compra de uma Mercedes SLK 55 há cerca de um mês com o dólar a R$ 1,60. Economizei perto de R$ 150 mil", diz Alexandre Martins, vice-presidente da VB, empresa que distribui vale-transporte e outros benefícios. "A palavra de ordem, entre os amigos, é baixar as velas e esperar a tempestade passar."
No mesmo dia em que o empresário comemorava a economia no bolso, lojistas do centro da cidade reclamavam que os freqüentadores da rua 25 de Março contam -agora mais do que nunca- os centavos.
"O consumidor acompanha pelos jornais e pela TV que os preços e os juros estão subindo e pára de comprar. Estamos preocupados porque, como a mercadoria vem do Paraguai e da China, com o dólar mais caro, os produtos também encarecem", afirma A.M., vendedora de uma loja de bijuteria no centro da cidade.
"Há dois dias [terça-feira], vim ver umas bugigangas para a formatura de minha filha aqui na 25 de Março. Um conjunto de cem pulseiras custava R$ 11 e hoje [quinta-feira] já subiu para R$ 13", diz a médica Fátima de Assis, 52, que veio de Maceió com a filha comprar brinquedos, bijuterias e roupas.
No shopping Iguatemi, os corredores das lojas de luxo estão mais vazios, segundo os vendedores. Na Bulgari, loja que vende relógios e jóias, as vendas diminuíram 20%.
A mesma situação é constatada em boxes que vendem perfumes de R$ 15,90 até R$ 270 em um shopping próximo à rua 25 de Março. Os corredores estavam mais vazios na quinta passada. Lojistas da região comentam que notaram diminuição na quantidade de ônibus de sacoleiras que visitam a região.
"Nos últimos dias, o consumo caiu cerca de 30% e hoje [quinta-feira] está bem parado. Esperamos que, com a proximidade do final do ano, a loja volte a ficar cheia", diz P.O., vendedora de um desses boxes.
As vendas estavam mais concentradas em brinquedos, por causa do Dia das Crianças, comemorado ontem. A expectativa entre lojistas era de aumento nas vendas de 5% a 10% em relação ao ano passado.
"Só estou comprando brinquedos aqui porque é mais barato. Gastei R$ 240 em 12 presentes e economizei ao menos R$ 80", diz Rita de Cássia Grigoleto, 43, moradora de São Caetano. "Estou morrendo de medo da crise porque ela chegou no momento em que espero a resposta de um financiamento da Caixa", diz a dona-de-casa, que quer financiar metade do preço da casa que pretende comprar em Santo André, com valor de R$ 160 mil.
Torcida pela queda
Na última quinta-feira, vários revendedores de carros de luxo torciam para o dólar baixar e a Bolsa subir, e seus clientes -empresários e executivos com renda mensal de R$ 50 mil --recuperarem o dinheiro perdido e voltarem a consumir.
"Esperamos que essa parada no mercado seja temporária", afirma Eduardo Enfeldt, gerente da Nissan. As vendas caíram 30% na última semana, segundo diz, apesar de a montadora não ter ainda alterado os preços dos veículos --de R$ 54,3 mil (o modelo Tiida) até R$ 124 mil ( a picape Frontier).
A poucos metros da Nissan, a revenda da Subaru enfrentou uma situação atípica. Ficou cinco dias sem vender sequer um veículo. "Só ontem [quarta] consegui vender um carro de R$ 80 mil", diz Henoc Araújo, gerente da loja. "Com a alta do dólar, as pessoas vêm apenas fazer pesquisa. Os preços ainda não subiram porque a empresa trabalha com estoques."
Araújo diz que chegou a desfazer negócios com três clientes na semana passada por conta das turbulências no mercado financeiro. "As vendas estavam fechadas e os clientes pediram para desfazer o negócio."
As revendas tentam segurar os preços dos carros importados vendidos em reais. Os juros, porém, já estão mais altos. Nos últimos dias, segundo os vendedores, as taxas médias, que variavam entre 1,27% e 1,37% ao mês, subiram para entre 1,37% a 1,45% ao mês.

Wagner Constantino

Monday, October 13, 2008

Varejistas americanos se preparam para um Natal difícil

Varejistas americanos se preparam para um Natal difícil
Miguel Bustilloe Ann Zimmerman, The Wall Street Journal09/10/2008
Esqueça Charles Dickens - para os varejistas americanos, o Natal deste ano está mais para Charles Darwin.
O acentuado declínio nas vendas de setembro, divulgado ontem, é um prognóstico desanimador para a temporada de Natal, que já estava sendo considerada a pior em quase duas décadas.
Quedas acentuadas nas vendas obrigaram muitas redes varejistas americanas, como Target Corp., Nordstrom Inc. e JC Penney Co., a reduzir suas previsões de lucros para o terceiro trimestre. Muitas lojas estão fechando, agora que as redes tentam reforçar seus resultados financeiros abandonando as unidades de desempenho mais fraco.
Os resultados mensais de vendas são um termômetro essencial para se saber como o consumidor americano está - ou não está -gastando dinheiro, e os números de setembro mostram a dura realidade econômica de um país que está cortando todas as gorduras drasticamente e fugindo dos artigos extravagantes em favor dos produtos básicos de baixo preço. Os gastos discricionários estão secando, agora que a população enfrenta preços mais altos de alimentos e combustíveis e uma queda no valor dos imóveis e dos planos de aposentadoria.
Para alguns consumidores, fazer compras não é mais um passatempo agradável, mas sim uma caça para suprir as necessidades básicas da vida. Outros estão começando a ver os gastos excessivos como uma imoralidade.
Wendy Modlin, moradora de Manhattan e mãe de duas filhas pequenas, disse que mesmo que pudesse, não compraria artigos de luxo neste momento. "Eu não entraria em um uma loja para comprar a bolsa da moda. Seria uma atitude horrível, como ir a um enterro de vestido vermelho", disse ela.
A queda nas vendas do mês passado chegam num momento em que o público americano foi atingido diariamente pelas notícias alarmantes de quebras de bancos, grandes perdas na bolsa e esforços governamentais de conter o estrago. O tombo foi pior nas lojas de departamentos. As vendas nas lojas abertas há mais de um ano caíram 12% em relação a setembro de 2007 na J.C. Penney, por exemplo.
Os consumidores continuam a preferir as lojas com maiores descontos, mas até mesmo as vendas da Wal-Mart Stores Inc. cresceram apenas 2,4% em setembro - resultado que fica dentro das projeções da rede barateira, mas é um pouco inferior ao esperado pelos analistas.
Segundo um índice da Thomson Reuters, vendas no varejo americano, excluindo a Wal-Mart, subiram meros 0,4% em setembro em relação ao ano anterior.
Na Target, uma exceção entre as grandes lojas populares, as vendas caíram em 3%, o dobro do esperado. Alguns especialistas vêm essas quedas como um aviso de que ainda haverá muito prejuízo, mesmo para as redes de baixo preço, se a economia continuar se deteriorando.
Esse ambiente negativo para os negócios apresenta uma oportunidade para as redes mais fortes, que estão aproveitando a oportunidade para pressionar os concorrentes mais fracos.
Eduardo Castro-Wright, presidente das operações americanas da Wal-Mart, disse ontem ao Wall Street Journal que a empresa está bem posicionada para aumentar sua participação no mercado americano, que já é enorme, durante a próxima temporada de Natal. As lojas da rede lançaram reduções de preços e outras promoções.
Na semana passada a Wal-Mart disparou o primeiro tiro em uma possível guerra pelo preço dos brinquedos, que pode ocorrer neste trimestre, cortando em até 40% os preços de dez de seus brinquedos mais vendidos - um golpe que seus concorrentes estão lutando para rebater.
"Acreditamos que as eficiências que geramos nos últimos anos nos dão a capacidade de sermos mais agressivos na nossa política de preços", disse Castro-Wright.
A Best Buy Co. rede varejista de produtos eletrônicos de consumo, vem ganhando mercado o ano todo. Uma estratégia que a concorrência não conseguiu igualar: ela oferece vendas a prazo sem juros em artigos que custam US$ 999 ou mais, tais como sistemas de home theater.
No início do ano as ações das redes varejistas estavam em alta, pois os investidores apostavam que elas seriam as primeiras beneficiadas quando o clima econômico melhorasse. Em vez disso, essas redes foram das mais atingidas pela crise financeira global.
As vendas de setembro mostram claramente que o público americano não está disposto a estimular a economia do país com seus gastos, ao contrário do que ocorreu logo após os ataques de 11 de setembro de 2001, ajudando a manter a recessão daquele ano curta e rasa. Agora, porém, os consumidores são uma grande parte do problema.
Uma análise de transações de cartão de crédito, divulgada esta semana pela MasterCard Advisors, concluiu que em setembro os consumidores americanos gastaram menos em todas as categorias, em comparação com o ano anterior - 4,9% menos em hotéis, 5,5% menos em roupas, 13,3% menos em moveis e 13,8% menos em aparelhos domésticos e eletrônicos.
Alguns analistas conservam a esperança de que os fracos resultados de setembro não sejam prenúncio de um resultado desastroso na temporada de Natal, como tantos estão temendo. Eles advertem que talvez os consumidores, sentindo o aperto, estejam economizando para o Natal, e que a confiança dos consumidores pode melhorar depressa se o público se convencer que o pior já passou no atual drama que se desenrola em Wall Street.
"É óbvio que foi um mês muito difícil", disse Myron E. Ullman III, diretor-presidente da Penney. "Mas a temporada de Natal está chegando, e é uma época em que os shopping centers costumam apresentar resultados excelentes. Ainda não estamos prontos para desistir. " (Colaborou Cheryl Lu-Lien Tan)

Gabriel Schimchak

Diante da crise, consumidor paga à vista ou gasta menos

Diante da crise, consumidor paga à vista ou gasta menos
Daniele Madureira e Lílian Cunha, de São Paulo13/10/2008
A crise que está deixando o mercado financeiro mundial em pânico já acendeu o sinal amarelo no ritmo de compras do brasileiro. Pesquisa do instituto Qualibest, feita com exclusividade para o Valor para identificar o potencial de consumo nos próximos meses, apontou que as pessoas continuam animadas com a perspectiva das compras natalinas, mas 55% já mudaram alguma atitude em relação ao consumo depois que a turbulência estourou no mês passado. Nesse sentido, estão pagando mais à vista, gastando menos ou até mesmo evitando cartões de crédito. Muitos estão colocando dinheiro na poupança. Na hora de preencher o carrinho de compras, os itens de limpeza doméstica preferidos são aqueles mais baratos ou em promoção.
O levantamento foi realizado pela internet com 819 pessoas das principais capitais do país e do interior de São Paulo, entre 30 de setembro e 7 de outubro. Dos entrevistados, 52% são homens e 48% mulheres, das classes A (13%), B (50%) e C (37%). A faixa dos 25 aos 35 anos concentra 38% dos consumidores consultados. Outros 29% têm entre 18 e 24 anos, 8% estão na faixa dos 36 aos 40 e 25% têm mais de 40.
"Metade dos consumidores pretende fazer compras neste Natal com a mesma intensidade do ano anterior ou até maior, mas um quarto deles (26%) ainda não decidiu como será o seu ritmo de compras, o que indica certo clima de expectativa no ar", diz Ana Bela Antunes, analista do Qualibest.
Segundo o professor Cláudio Felisoni, coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-FIA), a apreensão com o cenário atual só não é maior porque as pessoas estão entusiasmadas com a injeção de dinheiro proporcionada pelo 13º salário. "Este Natal ainda não será contaminado pelos efeitos da crise", diz Felisoni. Segundo o coordenador, o tempo natural para que o consumidor assimile no bolso a alta dos juros da economia, por exemplo, varia de seis meses a um ano. "Mas esse espaço é acelerado em tempos de crise, o que significa que o início de 2009 promete retração real no consumo", afirma Felisoni, que divulga nesta terça-feira uma pesquisa do Provar-FIA confirmando essas tendências.
No grupo de consumidores que mudou alguma atitude em relação às compras, 44% disseram ter colocado dinheiro na poupança. A Caixa Econômica Federal (CEF) já sentiu esse movimento. O banco aumentou em 11,6% a captação da poupança em setembro, em relação ao mesmo mês de 2007, atingindo R$ 1,14 bilhão no mês. Só nos primeiros sete dias de outubro foram registrados R$ 540 milhões de captação líquida positiva. Em setembro, foram abertas 315 mil novas contas de poupança, superior à média de 300 mil ao mês, de acordo com a CEF.
Parte das economias, no entanto, deve ser gasta nos próximos seis meses. A maioria dos entrevistados (54%) pela Qualibest pretende adquirir eletrodomésticos ou eletroeletrônicos nesse período. A compra do carro é a segunda no ranking de intenções (30%), seguida por móveis (24%) e imóveis (20%). Apenas 13% dos entrevistados disseram que não pretendem comprar nenhum bem nos próximos seis meses.
A aquisição de eletroeletrônicos e eletrodomésticos pode até acontecer, mas o gasto será maior. Como a maioria dos produtos é montada na Zona Franca de Manaus com componentes importados da Ásia, o dólar tende a fazer os preços subirem, de acordo com a LG.
Nos supermercados, há uma "tensa calmaria", segundo Maria Eugênia Saldanha, diretora-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla). "A indústria de produtos de limpeza não sentiu queda nas vendas nem troca de marcas líderes por mais baratas, mas é claro que o consumidor está mais reticente", diz. "Há uma apreensão por conta da crise que pode, sim, resultar em um comportamento de vendas diferente", acrescenta.
Os fabricantes, porém, não estão tão preocupados. Em crises econômicas ocorridas no passado, o consumo migrou para produtos piratas e de empresas informais, diz ela. Agora a situação mudou. "Conseguimos denunciar muitas dessas empresas e, se o consumidor migrar para produtos de menor preço, ainda assim serão fabricados pela indústria formal, o que proporciona uma compensação", afirma.
Pelo relato dos varejistas, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) não registrou mudanças significativas de atitude do consumidor até agora. Mas Martinho Paiva Moreira, vice-presidente da Apas e diretor da rede paulista D'Avó, afirma que os consumidores de maior renda estão um pouco reticentes em comprar importados. "De qualquer forma, a meta do setor, de crescer 4,2% no Natal deste ano, permanece", diz Moreira. O alvo, no entanto, é inferior ao aumento de 5,9% do Natal de 2007. A desaceleração já estava prevista antes da confusão em Wall Street, diz ele. "A alta no preço dos alimentos é a maior responsável pelo crescimento mais modesto", diz. Na receita dos supermercados, 40% vêm de alimentos (itens de mercearia) e 30% de perecíveis.
As vendas deste fim de ano devem ser ajudadas, ainda, pelo 13º dos trabalhadores que ocupam as mais de 2 milhões de vagas formais criadas nos últimos 12 meses, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). É nisso que aposta a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). "Apesar da gravidade da crise financeira mundial, a situação do varejo em 2008 não sofrerá impactos mais profundos até o Natal, devido a fatores como o aumento da massa salarial que compensa", disse Abram Szajman, presidente da entidade, em comunicado.
Americanos começam a se adaptar à "era da frugalidade"
Steve Hamm, Business Week13/10/2008

Numa rua arborizada de New Hope, Pensilvânia, uma revolução silenciosa pode estar tomando forma na cultura americana. Ali, uma família de quatro pessoas mora em uma casa branca de estilo colonial, de uma maneira que no passado teria sido considerada genuinamente americana, mas que mais recentemente vinha sendo vista como claramente bizarra: eles são frugais.
Conheça Leah Ingram, Bill Behre e as filhas Jane, 13, e Annie, 11. Eles vão a pé para a maioria dos lugares, raramente comem fora de casa e às vezes compram roupas em lojas produtos de segunda-mão. Eles também apagam a luz toda vez que saem de um cômodo de casa.
A história deles não é a de falta de sorte numa recessão. A família Ingram-Behre é de classe média estável, tem emprego e não está especialmente ameaçada pelos problemas que afligem Wall Street. Behre, 43, é reitor do College of New Jersey, enquanto Leah, 42, é uma bem-sucedida escritora freelance e especialista em etiqueta. Eles não têm dívida no cartão de crédito.
Isso agora. Pouco mais de um ano atrás, a família era dominada pela cultura americana do consumo desenfreado. Durante a disparada dos preços residenciais e do crédito fácil, eles tomaram um empréstimo imobiliário de US$ 101 mil sobre uma casa anterior e gastaram muito na melhoria de seu estilo de vida - fizeram três cruzeiros marítimos em dois anos e levaram as crianças a passeios anuais pela Disney World. "Depois do 11 de setembro, consumir se tornou algo patriótico e nos tornamos tão patriotas quanto todo mundo", lamenta Behre, na cozinha de casa depois de uma refeição com frango frito.
Ingram e Behre são os arautos de uma nova era da frugalidade. Pessoas que consumiram demais na última década estão agora rejeitando estilos de vida extravagantes. Elas estão gastando menos e de maneira mais sábia. Algumas estão colocando suas finanças em ordem. Outras temem perder seus empregos, chocadas pelos prejuízos que tiveram com seus investimentos, ou estão se encolhendo em meio à incerteza geral.
As economias já estão aparecendo em números; este trimestre poderá registrar a primeira queda no consumo pessoal em 17 anos. E com o crédito difícil e os americanos atolados em dívidas de US$ 2,6 trilhões, os empréstimos tomados pelo consumidor caíram em agosto, a primeira contração do tipo desde 1991. Menzie D. Chinn, que leciona economia na Universidade de Wisconsin, acredita que os consumidores ficarão cinco anos sem gastar livremente.
O que nos leva ao que John Maynard Keynes chamou de paradoxo da economia. O que é bom para o indivíduo, afirmou o famoso economista, pode desencadear ou aprofundar uma recessão. Mas isso não detém aqueles que estão entrando numa fase de contenção de gastos. "Não posso ajudar a economia", diz Kim Schultz, uma moradora de Avoca, Michigan, que junto com o marido, Jon, deve US$ 40 mil no cartão de crédito. "Eu preciso me ajudar." Por outro lado, essa austeridade recente poderá - e vale enfatizar o "poderá" - reprogramar os americanos para se tornarem poupadores, em vez de gastadores. E isso vai ajudar a economia a encontrar um ritmo mais sólido no longo prazo.
Economizar é uma coisa que entrou e saiu de moda desde a fundação da república. No livro escolar "McGuffey Reader", do século XIX, Benjamin Franklin era apresentado como um modelo de virtude por seus hábitos frugais. Mais tarde, pessoas que passaram pela Grande Depressão tiveram suas vidas marcadas pela experiência. Um caso típico é Bernard Handel, um morador de 82 anos de Poughkeepsie, Nova York, que cresceu pobre no Bronx. No começo dos anos 1930, seu pai ficou vários anos sem conseguir um emprego, depois que sua mercearia falira. Até hoje, embora Handel tenha ficado muito rico, ele compra alimentos com cupons, dirige um Honda e usa o metrô em vez de táxi. "Não suporto jogar dinheiro fora", diz ele.
Os filhos "baby-boomers" de Handel cresceram sem cicatrizes psicológicas da Depressão. E os filhos dos "boomers" chegaram à puberdade numa era de abundância, crédito fácil e um gosto pelo luxo. Portanto, não admira que a necessidade súbita de se fazer poupança apareça como um choque angustiante para muitos. Alguns estão pedindo um esforço maciço de educação pública, a exemplo do que é feito em campanhas contra o fumo e contra direção sob influência do álcool, que vêm sendo tão bem-sucedidas. "Queremos construir uma cultura mais receptiva à poupança, de modo que isso não seja visto como algo estranho, mas como uma atitude a ser estimulada", diz Barbara Dafoe Whitehead, co-autora de "For a New Thrift: Confronting the Debt Cultura" (algo como "Para uma Nova Economia: Confrontando a Cultura da Dívida"), um novo relatório do centro de estudos The Institute for American Values.
É claro que há momentos estranhos na jornada rumo a um estilo de vida poupador. Para demonstrar isso, Bill Behre pega um celular e o torce para frente e para trás, até que uma luz comece a brilhar nas imitações de diamantes coladas pela filha Annie, antes de ela ganhar um novo aparelho. O próprio celular de Behre estragou em uma tempestade, de modo que ele está usando esse mais velho, enquanto não recebe um novo de graça da operadora em março. "Não há nada mais frugal do que isso", diz.
Foi Ingram que começou. Ela foi criada por uma mãe poupadora, mas quando se casou com Behre, a influência da mãe se perdeu e ela juntou US$ 30.000 em dívidas no cartão de crédito. Controlar os gastos foi algo casual até o começo dos anos 2000, quando a família embarcou em uma onda de compras desenfreadas.
As coisas quase fugiram de controle depois que eles conseguiram uma casa melhor. Apesar de "assaltarem" seus fundos de pensão para ajudar na entrada da casa, eles acabaram com prestações mensais maiores. Ingram lembra-se do dia, 24 de maio de 2007, em que eles venderam a casa velha e perceberam que a família ficaria com apenas US$ 60 mil, muito embora o valor do imóvel quase tivesse dobrado para US$ 490 mil. "Eu fiquei nauseada quando percebi o que nossos gastos sem controle haviam feito", diz ela. Ingram e Behre fizeram um pacto: eles iriam viver de uma maneira mais frugal. Então, deram a notícia para as filhas. Era o fim dos cruzeiros e das viagens à Disney World. Elas teriam uma mesada de apenas US$ 20. E iriam a pé para a escola, o supermercado, a casa dos amigos.
Num primeiro momento, as meninas viram a decisão com curiosidade. Mas depois, perceberam que suas vidas confortáveis e materialistas estavam realmente mudando. Annie, cujo hábito de fazer compras por prazer não encontrava resistência dos pais, subitamente teve de recorrer a uma loja de roupas de segunda-mão chamada Plato´s Closet. Agora, as garotas estão resignadas com o novo estilo de vida.
Manter-se no programa exige vigilância. Quando Ingram usa o carro, ela calcula os custos relativos de percorrer uns poucos quilômetros a mais para conseguir gasolina mais barata. E nas raras ocasiões em que eles jantam fora de casa, ela se sente culpada. "Quero continuar sendo responsável", diz ela. "Não quero ter uma recaída." Até agora, o plano está funcionando. Nos velhos dias, a família estourava o cheque especial em cerca de US$ 300 por mês. Agora, eles terminam o mês com um superávit médio de US$ 800. Desde que fizeram as grandes mudanças, eles aceleraram os pagamentos de um empréstimo para a compra do carro e já conseguiram quitar a dívida.
Ingram começou a fazer um blog, "The Lean Green Family", em que ela encoraja outras pessoas a adotarem um estilo de vida mais frugal. Ela e Behre dizem que aprenderam lições valiosas. Uma delas é ser flexível: permita-se um prazer de vez em quando. Outra é ter um objetivo. Eles estão economizando para um novo quarto de recreação. "Ser frugal é como fazer uma dieta", diz Behre. "É mais sustentável se você tem uma meta."
Com o medo de o desemprego aumentar, muitos outros americanos vão descobrir a duras penas seus próprios caminhos rumo à frugalidade. Isso já aconteceu a Ned Penberthy, 53, um vendedor que mora em Pelham, Nova York. Recentemente ele conseguiu um novo emprego, com um salário-base menor, e desde então vem levando um vida frugal. Penberthy diz que estará nessa por um longo tempo. Ele instalou lâmpadas caras, mas mais econômicas, em sua casa e substituiu alguns de seus utensílios domésticos por outros mais eficientes. Para ele, cada centavo conta. Por exemplo, ele mudou da espuma de barbear para o creme de barbear. Ele calcula que economiza com isso US$ 6 por ano. "Não é muito, mas há um benefício psicológico", diz ele.
Assim como muitos "baby-boomers", Penberthy tem um pé-de-meia, mas muitas pessoas na casa dos 20 a 30 anos não têm muito a que recorrer. Para entrar no caminho, elas precisam aprender a diferença entre necessidade e gastos supérfluos. "Elas precisam voltar à hierarquia das necessidades do psicólogo Abraham Maslow - comida, roupas, moradia e transporte", diz Kristine E. Miele, uma planejadora financeira. Ela está oferecendo aulas de "Lições para a Vida", fazendo pessoas mais jovens gradualmente perderem o vício dos gastos desnecessários.
No passado, os consumidores saiam para as compras no momento em que o sol nascia. Mas e desta vez? Pesquisadores de mercado que tentam adivinhar a psique do consumidor estão colhendo sinais de que as atitudes estão mudando. Recentemente, a Booz & Co. realizou uma pesquisa com quase 1 mil lares. Entre outras constatações, 43% das pessoas pesquisadas responderam que estão comendo mais em casa e 25% disseram que estão cortando os gastos com hobbies e atividades esportivas. Nos dois casos, a maioria das pessoas disse que continuará fazendo isso mesmo quando a economia se recuperar. Da mesma maneira que o aumento dos preços da gasolina levou muitos americanos a trocarem seus veículos utilitários esportivos (SUVs) por carros pequenos e mais econômicos, o colapso do valor das moradias e dos planos 401 (k) vai fazer os consumidores pensarem duas antes de se dirigirem para um shopping center.



Gabriel Schimchak

Sunday, October 12, 2008

The Generation facing its first recession. How will they cope?

The generation facing its first recession. How will they cope?

They grew up in an era of never-ending house price rises and fully expected to shop until they dropped. But the members of Generation Y will soon be forced to face the realities of a harsher economic climate. Tracy McVeigh asks them what they expect of the future and how they plan to adapt to it

Tracy McVeigh
The Observer,
Sunday October 12 2008

They are young, confident, affluent and have no memory of tougher times. But Generation Y now faces its first recession and a future very different to the one it expected. Aged from 18 to 27 and mostly middle-class, these young people have grown up in owner-occupied homes with total acceptance of technology, global warming and homeland terrorism - and their love of shopping has made them dream consumers. But, sooner or later, their lives are going to change.
The average Generation Y-er does not know the difference between a credit card and a debit card, according to a Bank of Scotland survey, and, while two thirds know the price of an Apple iPod Mini (£179), three quarters have no idea what a pint of milk costs. One in eight thinks that 'in the red' means being embarrassed. They each have 800 illegally downloaded songs, and one in 20 spends more than £100 a month on mobile phone bills. Many never read newspapers and two thirds do not vote.
They like to shop and, whether its Topshop, Primark or TK Maxx designer labels, they are used to getting what they want in a high street catering to almost every income level.
If the credit crunch becomes a full-scale recession, no one will get a bigger shock to their aspirations than this pampered, techno-savvy generation.
'They will be at the sharp end because that age is always at the sharp end of social change. They are trying to enter the adult world anyway, struggling with expectations and views that aren't theirs,' said Jon Savage, a music writer and author of Teenage: The Creation of Youth. 'But my question is: what are they going to do if they can't shop? Our society has been based around consumerism for the past 15 years and these kids have racks of CDs and plasma TVs and comparatively unparalleled riches.'
At Birmingham University this weekend, The Observer gathered a group of first-year students - at the heart of Generation Y - to ask what the credit crunch meant to them. For many, the answer was 'not much'.
'The credit crunch doesn't really affect me,' said Lauren Ludlow, a 20-year-old studying art history, one of the non-career-based subjects that traditionally slip in popularity in economic downturns. 'I'm more concerned for my parents and I'm just hoping it'll all have sorted itself out in three or four years' time.'
Law student Jess Darley, 19, from Ipswich, added: 'I don't think it's been too over-hyped or anything, but young people don't really understand economics because we're not taught about it. I guess it probably does affect us, but it sort of feels irrelevant.'
Some are cushioned by 'helicopter' parents - hovering protectively over their offspring. Amy Perry, 18, from Telford, said: 'My mum does most of my food shopping for me. I guess it will get more expensive for her for a while, though.'
Few are fearful. They're just not that bothered. 'It doesn't mean much to me at all,' admitted Joe Griffiths, 19, from Southampton.
Perhaps they are right not to worry. According to Dr David Twigg, a business lecturer at the University of Sussex, today's group of students are far more prepared for a difficult job market.
'Anyone born after 1983 is not really used to considering anything other than wealth, but students are much more determined to build up a broad skill base; they'll work hard to get it and demand we provide the teaching,' he said. 'They will be successful no matter what; they are independent self-learners who are better equipped than any previous generation.'
And while recessions inevitably bring financial strain, they are also known to inspire creativity. 'The last big recession produced punk, which was great,' said Savage, but he added that it was not all positive. 'You had to have a lot of bravery to be part of that and the Seventies also produced political polarisation and extremism, perhaps an easier option.
'In the Thirties, the Great Depression brought that kind of increased regimentation by the state. When you're of Generation Y age, you are fairly open to becoming extremely obsessed with an idea, and you feel invulnerable and you don't have much idea of the consequences of your actions. It can be a dangerous mix.'
Few organisations in education and the arts were prepared to talk about the future other than to fret that funding drops in a recession. One west London art gallery owner told The Observer: 'This stuff about kids getting creative in a recession is rot. It's not the Seventies; they have seen Damien Hirst and Banksy make millions and that's what Generation Y want, the same as Generation X - money. If they can't get it in art, they'll go and be eco-bankers.'
Back in Birmingham, Paula, 19, (who didn't want to give her full name) said she was concerned about the impact of the credit crunch on her and her friends. 'The recession is having an influence that many of us fail to recognise. Food prices are increasing, while loans remain at the same rate. Student expenditure is on a constant rise and, if the recession continues, paying bank loans may mean a huge increase in interest. Many students have not even considered this; it needs to be more widely publicised.'
The Consumer Credit Counselling Service has long had concerns over students being unable to manage their finances. In the past two years, it has seen a 10-fold increase in calls from 18- to 21-year-olds to its helpline.
Others point to housing and warn that Generation Y will be one of the hardest hit. Adam Sampson, chief executive of the homeless charity Shelter, said lower prices wouldn't help because there would be fewer mortgages: 'These young people don't trust pensions any more and believe as much in house-as-security as their parents, who got us into this situation. But these kids have far less chance of getting on the ladder,' he said.
'We have 240,000 new households forming every year and no one is building houses for them. They haven't been building enough for 20 years and that's some backlog. The recession will make that worse, as builders won't get money from the banks to build. I'm afraid Generation Y will be at home with mum and dad and we'll see the hidden homeless issue - overcrowding - get worse.'
Charlotte Paul has two boys - Marcus, 14, and Charlie, 16 - and lives with her husband and his 22-year-old daughter in Yorkshire. 'My step-daughter was hoping to move into her own flat this year, but the mortgages weren't there, so she's squashed in here. It's been a shock to her because it's the first time in her life she has not been able to get something she wanted. She's just that age group; they've never been told, "No, you can't have",' said Mrs Paul. 'Now she wants to give up her job and go volunteering abroad for a year and she has no fear of coming back to no job. I envy her confidence.'
For her boys, Mrs Paul is thinking the previously unthinkable. 'We've an endowment policy we kept to pay out in time for Charlie's second year at university and for Marcus we'd downsize the house and get Charlie on to the housing ladder at the same time. That's gone to pot. 'Charlie doesn't like the idea of university. I went to university to duck out of the last recession - there were grants and it kept me off the dole. Maybe not going will help him duck the debt and get experience.' Then, Mrs Paul stopped herself: 'I can't believe I'm thinking like this.'
At business consultants Talent-smoothie, Simon Walker has spent a lot of time explaining the confident behaviour of Generation Y to perplexed employers. 'Will Generation Y behave differently now things aren't so rosy? Well, of course they will,' he said.
'They are very different from other generations and have only known very buoyant times. They demand things like flexible working and expect to get it. Past generations turned up on their first day in a suit and tie and did what they were told, but that's changed and you cannot reverse that. We were approached by a company that had 50 per cent of the workforce who were Generation Y and they were worried that their inexperience with a downturn would lead to absenteeism and extra stress. But we haven't found that yet at all - they adapt. But then, at the moment, people are not losing their jobs.'
When that happens, few believe things won't change, particularly on the high street.
Robert Clarke, of business analysts Retail Knowledge Bank, argued that the high-profile reporting of the crisis would soon have an impact. 'We're getting it hour by hour, and that brings problems in itself,' he said. 'Consumer confidence is hugely important and people who are getting ahead of themselves to preach doom and gloom are deeply irresponsible. A mindset will take us into recession faster than any bank collapse. Retail sales figures have not started falling yet. The likelihood is that the high street next year will look different for young people; there will be a few empty shops.'
However, according to Clarke, it is not all bad news: 'The optimism of Generation Y is correct, because the likelihood is that most people will continue to be employed and will continue to be able to clothe and feed themselves.
'Yes, there will be fewer Saturday jobs and part-time jobs in retailing, which will affect the 75 per cent of university students who have part-time jobs, but they won't have mortgages, rents will be cheaper and I think they will still have money in their pockets.'
Recession silver linings
Petrol prices are dropping and there are bargains to be had if you need to buy a car.
There is a boom in people growing their own vegetables and inner-city allotments are thriving.
Recession is a great time for live music, exciting new trends and it's cool to wear charity shop clothes.
Hollywood churns out great-quality feelgood movies.
We will all spend more time with our families - even the grown-up children will be hanging around the house.
Safe manufacturers have seen a 50 per cent rise in sales and bicycle shops are doing well too.
Some of the fat cats actually went down first.
People may use their cars less and shop less and more locally which is good for the environment.
We may all get a little less materialistic and a little more imaginative this Christmas.
Getting close to nature - people may spend more time enjoying walks in the country or camping holidays
People will tire of watching reality television, according to one study, because they will be dealing 'with enough reality' in everyday life